Saiba mais detalhes da tragédia em Saudades que terminou com várias mortes

O delegado que está investigando o caso deu uma entrevista coletiva no final da manhã desta terça-feira (4/05).

Foto: Imprensa do Povo

O delegado Jerônimo Marçal Fereira, concedeu uma entrevista coletiva no final da manhã desta terça-feira (4/05/21) para a imprensa. O policial civil divulgou as informações apuradas até o momento, sobre o assassinato de três crianças e uma professora na cidade de Saudades (SC), no oeste de Santa Catarina. Além disso, deixou outra educadora gravemente ferida, que chegou a ser encaminhada para um hospital de Chapecó, mas não resistiu.

Tudo começou por volta das 10h, quando o jovem de 18 anos chegou de bicicleta à Escola Infantil Pró-Infância Aquarela, localizada na Rua Quintino Bocaiúva, na região central do município. Armado com uma adaga, ele invadiu o local e feriu uma professora, que saiu correndo para uma sala de aula que estava aberta.

Mas antes de entrar, a profissional de educação de 30 anos foi atingida mortalmente ainda na porta pelo assassino e morreu na hora. Dentro da sala havia quatro crianças com menos de 2 anos e uma educadora. Depois de entrar, ele matou três crianças e feriu gravemente a segunda professora. A quarta criança ficou levemente ferida e não corre risco de morte.

Em seguida, o assassino tentou se matar mas não conseguiu. As outras professoras da creche tinham se trancado nas salas para proteger as crianças, por isso a tragédia não foi maior. Todos começaram a gritar pedindo socorro, momento em que os vizinhos foram socorrê-los e contiveram o criminoso.

O assassino de 18 anos foi encaminhado em estado grave ao hospital da cidade vizinha de Pinhalzinho. Ele está entubado e sob escolta policial. Segundo o delegado Ferreira, não há nenhum boletim de ocorrência contra o jovem. Serão colhidos os depoimentos de familiares para entender melhor o comportamento do jovem e descobrir uma possível motivação para o crime.

A profissional de saúde foi encaminhada em estado grave a um hospital de Chapecó, mas não sobreviveu. A creche foi totalmente isolada para que o Instituto Geral de Perícias (IGP) pudesse levantar mais informações.

Após a entrevista coletiva, o delegado estava se dirigindo para o hospital de Pinhalzinho para se inteirar mais sobre o caso. “A gente espera que ele sobreviva para responder pelo crime que cometeu. Segundo as primeiras informações, o rapaz é morador de saudade e a princípio não havia nenhuma passagem criminal. Pelo menos registrada na polícia. De acordo com os primeiros depoimentos ele não era conhecido da creche”, disse o delegado.