Vigilância Epidemiológica alerta para o risco de acidentes com animais peçonhentos

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A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina, por meio da Gerência de Vigilância de Zoonoses e Entomologia (GEZOO), alerta a população para o cuidado com animais peçonhentos, especialmente durante o período de chuvas. Devido às enchentes registradas em Santa Catarina, o perigo é grande, já que escorpiões, aranhas, cobras e lagartas saem de seu habitat para se proteger das águas e costumam invadir as casas em busca de abrigo.

Normalmente, as pessoas sofrem acidentes por descuido ou por não notarem a presença desses animais no ambiente, como ao calçar um sapato e limpar frestas, por exemplo. No caso de picadas ou mordeduras, é preciso considerar como sendo animais venenosos e buscar rapidamente atendimento em uma Unidade de Saúde. Se for possível capturá-lo com segurança, leve consigo o animal.

Para prevenir-se de um possível acidente, a limpeza de casas, de terrenos e de bueiros deve ser feita com muita atenção e com o uso de equipamentos como luvas e botas.

Os principais animais peçonhentos que causam acidentes no Brasil são algumas espécies de serpentes, de escorpiões, de aranhas, de lepidópteros (mariposas e suas larvas), de himenópteros (abelhas, formigas e vespas), de coleópteros (besouros), de quilópodes (lacraias), de peixes, de cnidários (águas-vivas e caravelas), entre outros. Os animais peçonhentos de interesse para a saúde pública podem ser definidos como aqueles que causam acidentes classificados pelos médicos como moderados ou graves.

Aprenda mais sobre esses animais e como proceder em caso de acidente:

SINAIS E SINTOMAS

  • Pequena mordida na pele: pode parecer um ponto pequeno e descolorido;
  • Dor e inchaço, que pode ser de desenvolvimento lento, na área da mordida;
  • Pulso rápido e respiração difícil;
  • Fraqueza;
  • Dificuldade visual;
  • Náusea e vômitos.

O QUE FAZER

  • Manter a vítima calma e deitada;
  • Tentar manter a área afetada no mesmo nível do coração ou, se possível, abaixo dele;
  • Evitar que a vítima se movimente para não favorecer a absorção do veneno;
  • Localizar a marca da mordedura e limpar o local com água e sabão;
  • Cobrir com um pano limpo;
  • Remover anéis, pulseiras e outros objetos que possam garrotear (apertar a circulação), em caso de inchaço do membro afetado;
  • Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para receber o tratamento necessário;
  • Se possível, levar o animal para que seja identificado e para que a vítima receba o soro específico.

O QUE NÃO FAZER

  • Não fazer torniquete – isso impede a circulação do sangue e pode causar gangrena ou necrose local.
  • Não cortar o local da ferida, para fazer ‘sangria’.
  • Não aplicar folhas, pó de café ou terra sobre a ferida, pois poderá provocar infecção.

COMO EVITAR ACIDENTES

  • Usar botas: isto evita até 80% dos acidentes, pois as cobras, por exemplo, picam do joelho para baixo. Mas, antes de calçar as botas, verifique se dentro não há aranhas, escorpiões ou outros animais peçonhentos.
  • Proteger as mãos: não enfiar as mãos em frestas, tocas, cupinzeiros, ocos de troncos etc. Usar um pedaço de madeira para verificar se não há animais.
  • Acabar com os ratos: a maioria das cobras alimenta-se de roedores. Manter sempre limpos os terrenos, quintais e plantações evita atrair esses predadores.
  • Conservar o meio ambiente: os desmatamentos e queimadas, além de destruir a natureza, provocam mudanças de hábitos dos animais que se refugiam em celeiros ou mesmo dentro de casas. Evite matar os animais, pois eles contribuem para o equilíbrio ecológico.

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde