Segurança Digital: a importância do controle de informações pessoais na internet

Diante do avanço do crime cibernético, a precaução e a configuração correta de privacidade são essenciais para a segurança de dados pessoais.

Foto: Kaique Rocha [Pexels]

Em um cenário onde o crime cibernético apresenta uma curva ascendente, a questão da segurança digital se torna cada vez mais urgente. As redes sociais, plataformas de interação e compartilhamento massivo, estão no epicentro deste debate. A linha entre o público e o privado fica tênue, e a necessidade de medidas preventivas se faz evidente.

O primeiro passo para a autoproteção passa pelo filtro do discernimento sobre o que se divulga nos espaços virtuais. Fotos, informações pessoais e as famosas “trends”, que circulam em formato de questionários, são potenciais ferramentas para aqueles que buscam explorar vulnerabilidades para fins ilícitos.

A exposição de dados como nome, idade e data de nascimento, aparentemente inofensivos, podem se converter em chaves para ações criminosas. Estas informações, muitas vezes compartilhadas em stories e reels, são suficientes para que indivíduos mal-intencionados orquestrem fraudes, solicitem empréstimos fraudulentos e até simulem sequestros.

Neste contexto, surge o termo OSINT (Open Source Intelligence ou Inteligência de Fontes Abertas), prática que consiste no uso de dados disponíveis publicamente para a construção de um perfil de inteligência. Enquanto ferramenta, a OSINT não é intrinsecamente prejudicial; seu uso, no entanto, pode ter conotações negativas quando empregada por criminosos.

A consciência sobre a própria “pegada digital” nunca foi tão crucial. A recomendação é para que os usuários das redes pensem cuidadosamente antes de qualquer publicação. Mais do que isso, é essencial que as configurações de privacidade sejam ajustadas de maneira a proteger o perfil de acessos indesejados.

Contrariando a ideia de que “não há nada a esconder”, limitar quem pode ver publicações ou encontrar perfis usando dados cadastrais torna-se uma prática recomendada. A privacidade deve ser vista como um direito e como um escudo contra potenciais ameaças virtuais.

Diante desses desafios, a educação digital e a conscientização sobre segurança de informações pessoais surgem como pilares para uma navegação mais segura. Proteger-se no ambiente digital é uma responsabilidade compartilhada entre usuários e plataformas, exigindo atenção constante e ações proativas.