Policial Militar de Blumenau conclui curso de PATAMO, no Mato Grosso do Sul

Instrução sobre embarque e desembarca em helicóptero com o Departamento de Operações Aéreas (DOA), da Polícia Rodoviária Federal, no MS.
À direita, o cabo Muniz -15 -, no dia da formatura do curso

 

Por Karin Bendheim

O cabo Alberto Camargo Muniz, da Companhia de Patrulhamento Tático (CPT) do 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Blumenau, foi o único catarinense a participar e concluir a 7ª edição do curso de PATAMO (Patrulhamento Tático Móvel) da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul (PMMS). O treinamento iniciou no dia 2 de outubro com 50 policiais e terminou no dia 27 de novembro com apenas 26 formados.

Ao todo foram 445 horas de treinamentos, que foi dividido em 29 disciplinas, conforme relação abaixo. O curso incluiu ainda instruções na ROTA, em São Paulo; no Departamento de Operações de Fronteiras (DOF), em Dourados (MS) e também helitransporte com o Departamento de Operações Aéreas (DOA), da Polícia Rodoviária Federal.

Para o cabo Muniz foi uma experiência muito válida, onde pode conhecer a realidade daquela polícia, aprender e trocar conhecimento, tanto com os instrutores, como com os colegas que realizaram o curso. “Nesses cursos sempre falamos que “Sabia que era pau, veio porque quis”. E é assim mesmo. Foi um curso intenso, que exigiu muito fisicamente. Agora é compartilhar o conhecimento com os demais e carregar o breve na farda”, conta Muniz, que emagreceu 12 quilos durante o PATAMO.

Muniz ressalta que foi muito bem recepcionado pelos colegas de farda do 19º Batalhão de Polícia de Choque, da PMMS. “Apesar da intensidade e rigidez do curso, nos momentos de folga os policiais foram extremamente prestativos, auxiliando inclusive em cuidados médicos”, afirma o cabo.

 

​O turno foi a São Paulo ter instruções com a ROTA.

ROTA

A visita à ROTA ocorreu durante três dias, já no final do curso. Lá o turno pode conhecer toda a história de criação da unidade e estrutura, rotina dos policiais, o funcionamento da agência de inteligência e da central de emergência. Além disso, teve instruções de técnica de abordagem a pé e a veículos; choque ligeiro e emboscada e contra-emboscada. “O que mais chamou a atenção na ROTA foi o espírito de corpo dos policiais, o orgulho em pertencer à unidade, o culto pelos símbolos da ROTA e o respeito pelo combatente antigo”, conta Muniz.

 

 

No Departamento de Operações de Fronteiras (DOF), em Dourados (MS), os policiais aprenderam técnicas de vistoria veicular para localizar ilícicos.

Operações de Fronteiras

Por não atuar rotineiramente em local de fronteira, uma das instruções que o cabo Muniz mais aprendeu foi no Departamento de Operações de Fronteiras (DOF), em Dourados (MS). Nesta região, devido às fronteiras do Estado com o Paraguai e a Bolívia, há, principalmente, muitas apreensões de drogas e carga de contrabando de cigarro. Só neste ano o DOF já apreendeu mais de um milhão de pacotes de cigarro.

Ao final das instruções, o turno foi divido em patrulhas compostas com policiais locais para que pudessem realizar as atividades práticas. “Aprendemos muitas técnicas de vistoria para encontrar drogas nos mais diversos compartimentos dos veículos”, afirma Muniz.

 

Instrução sobre embarque e desembarca em helicóptero com o Departamento de Operações Aéreas (DOA), da Polícia Rodoviária Federal, no MS.

Operações Aéreas

Apesar de ser apenas durante um dia, as instruções sobre helitransporte com o Departamento de Operações Aéreas (DOA), da Polícia Rodoviária Federal, no MS, foram intensas. Nas aulas teóricas, o turno aprendeu sobre o funcionamento das aeronaves e as peças que as compõem, quando e como é a atuação do departamento e a função de cada policial no helicóptero. Além disso, os policiais praticaram embarque e desembarque equipado na aeronave, diferentes formas de transporte na parte externa do helicóptero, desembarque em altura com a aeronave no ar e, para finalizar, cada homem fez um salto na água.

 

O treinamento iniciou no dia 2 de outubro com 50 policiais e terminou no dia 27 de novembro com apenas 26 formados.

 

Concorrência

Antes do curso, Cabo Muniz precisou fazer um Teste de Aptidão Física (TAF) que selecionou 50 policiais entre os 180 candidatos. A prova incluiu abdominal; corrida de 12 minutos (teste de cooper), corrida fardado (5 km), flexão de braço na barra fixa, subida de seis metros na corda; natação (100 metros) e flutuação (30 minutos).

 

 

Disciplinas

As disciplinas que compuseram a 7ª edição do PATAMO da PMMS foram: Treinamento Físico Específico; Lutas; Identificação Veicular; Técnicas Avançadas de Entrevista Policial; Socorros de Urgência, Direitos Humanos; Legislação Aplicada; Gerenciamento de Crises; Negociação Policial; Armamento e Munições; Técnicas Especiais de Tiros; Procedimentos Preventivos Envolvendo Explosivos; Controle de Distúrbios Civis; Patrulhamento Tático Motorizado; Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo; Técnicas Policiais; Táticas Policiais; Prevenção de Local de Crime; Patrulha Urbana; Técnicas Especiais de Aproximação de Perímetro Crítico; Inteligência Policial; Operações Helitransportadas; Policiamento Comunitário; Visitas Técnicas em Unidades Especializadas; Estágio Operacional; Habilitação em Dispositivos de Incapacitação Neuromuscular (Spark / taser); Técnicas Especiais de Patrulha (rural); Orientação e Navegação Terrestre e Sobrevivência Policial.

 

 

Instrução sobre embarque e desembarca em helicóptero com o Departamento de Operações Aéreas (DOA), da Polícia Rodoviária Federal, no MS.