Polícia Civil revela mais alguns detalhes sobre o homicídio na frente de supermercado em Blumenau

O crime presenciado por várias pessoas completou uma semana. Segundo informações preliminares, foram cerca de 15 golpes de faca.

Homem preso pelo homicídio saindo do elevador no prédio onde mora.

No final da tarde desta sexta-feira (10/11/23), a Polícia Civil revelou algumas informações sobre a investigação em andamento do homicídio de Giovane Ferreira da Silva de Oliveira, de 29 anos. O crime aconteceu há exatamente uma semana na frente do supermercado Giassi, localizado na Rua Antônio da Veiga, no bairro Victor Konder, em Blumenau.

A Divisão de Investigação Criminal (DIC) ouviu algumas testemunhas e analisou imagens de câmeras de videomonitoramento. O autor do crime e a vítima se encontraram em dois momentos distintos naquela tarde de sexta (3). Na primeira vez, o vídeo mostra parcialmente que não houve discussão, xingamentos, ameaças ou agressões entre as partes.

No entanto, testemunhas afirmaram ter conversado com a vítima após ele ter sido agredido pelo autor com uma barra de ferro que fazia parte do carrinho de criança. Uma dessas testemunhas afirmou ter presenciado a agressão, motivada pelo fato de a vítima ter oferecido paçoca à menina.

Houve xingamentos e ameaças recíprocas, sendo que o homem prometeu retornar. Por conta da ameaça, Giovane teria buscado uma faca para se prevenir.

As câmeras do prédio onde o homem mora mostram que ele e logo sai com um carrinho de compras. Um objeto no bolso externo dele parecia semelhante à faca utilizada no crime, conforme a Polícia Civil.

O homem seguiu em direção ao supermercado, foi até a entrada onde estava Giovane, colocou a criança que estava carregando no chão e, ao se aproximar da vítima, que estava agachada, começou os golpes com uma faca que trouxe de casa.

Segundo a conclusão da Polícia Civil pelos dados levantados até agora, depois da discussão por causa da paçoca oferecida a criança, o homem voltou com a intenção de matar Giovane. O perito da Polícia Científica disse informalmente no dia do crime aos policiais civis que foram entre 15 a 16 facadas. O número exato de perfurações só será conhecido a partir do laudo cadavérico.

A Polícia Civil também informou sobre os antecedentes criminais dos dois envolvidos no crime. Giovane teria sido preso em flagrante por furto em 2014. Já o autor das facadas está sendo investigado por um furto que ocorreu em 2010, no Estado de Minas Gerais.