Polícia Civil investiga família que atua no jogo do bicho em Blumenau

A Justiça determinou o sequestro de 24 imóveis, avaliados em mais de R$ 25 milhões, e o bloqueio de R$ 81,96 milhões nas contas bancárias investigadas.

Foto: Polícia Civil de Blumenau

A Polícia Civil de Santa Catarina, após mais de um ano de investigações, deflagrou a Operação Obturação nesta quarta-feira (4/10/23), buscando desarticular uma rede de exploração do jogo do bicho e lavagem de dinheiro em operação em Blumenau e região. O nome da operação faz alusão à profissão do dono da banca “Ponto Chic”, que segundo a corporação, é dentista.

Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão em quatro cidades: Blumenau, Gaspar, Balneário Camboriú e Bombinhas. Durante a ação, as equipes apreenderam uma lancha Phantom 303, uma moto aquática, três automóveis (Volvo XC 60 T8 modelo 2020, VW Nivus e VW T-Cross), além de cerca de R$ 62 mil em dinheiro.

A Justiça determinou o sequestro de 24 imóveis, avaliados em mais de R$ 25 milhões, e o bloqueio de R$ 81,96 milhões nas contas bancárias investigadas. A investigação mostrou que a exploração do jogo do bicho, conduzida pela família à frente da banca “Ponto Chic”, tem suas raízes estabelecidas há, no mínimo, três décadas.

Foto: Polícia Civil de Blumenau

Após o falecimento do fundador em 2006, a esposa e um dos filhos deram continuidade às operações ilícitas da banca. Nesse período, a ausência de repressão por parte do estado, permitiu que a família prosperasse significativamente.

A investigação mostrou que uma casa lotérica e duas administradoras de bens, ocultava ou dissimulava a origem do dinheiro advindo da exploração do jogo do bicho. Na sexta-feira (29/09) passada (29) quando o dono da “Ponto Chic” foi abordado pela Polícia Civil, foram apreendidos R$ 604,18 mil em dinheiro. O valor foi depositado em juízo.

Foto: Polícia Civil de Blumenau

A Polícia Civil destacou a eficiência da 2ª Promotoria de Justiça e da 2ª Vara Criminal da Comarca de Blumenau na análise dos pedidos relacionados à operação. Após a conclusão das atividades operacionais, os presos foram encaminhados ao Presídio Regional de Blumenau, permanecendo à disposição da Justiça, aguardando os próximos passos do judiciário em relação ao caso.

O trabalho envolveu equipes da Divisão de Investigação Criminal, com apoio do Laboratório de Lavagem de Dinheiro (DEIC), do Núcleo de Inteligência da 3ª Delegacia Regional, da DECOR, DTCA e das Delegacias de Polícia da região (1ª DP de Blumenau, Pomerode, Ascurra e Indaial).