Infectologista em Blumenau alerta sobre prevenção às doenças sexualmente transmissíveis

Entre as mais comuns estão HPV, HIV, herpes genital, gonorreia, clamídia, hepatite B e C e sífilis.

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O Carnaval, uma das festas mais populares no Brasil, retornou com força total em 2023 – foi o primeiro desde o início da pandemia. Os brasileiros puderam comemorar da forma tradicional: nas ruas, festas e praias. É importante relembrar os cuidados preventivos contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), além de exames frequentes.

Entre as ISTs estão HPV, HIV, herpes genital, gonorreia, clamídia, hepatite B e C e sífilis. O contato sexual desprotegido não é a única forma de contágio: é possível contrair uma infecção com o compartilhamento de seringas, agulhas, objetos cortantes como lâminas de barbear, e de mãe para filho durante a gestação e parto.

O médico infectologista do Hospital Santa Isabel, Dr. Eduardo Guimarães, destaca que é necessário reforçar a discussão do tema em nossa sociedade. O diálogo aberto na prevenção e testagem tira o estigma sobre as infecções: “realizar o teste rápido, saber se tem uma doença, receber o tratamento, isso é só um detalhe de toda a estrutura com inúmeras ferramentas que estão disponíveis no Sistema Único de Saúde para permitir que as pessoas exerçam sua sexualidade sem medo, sem receio, sem julgamento”, enfatiza o especialista.

Além disso, o infectologista aponta que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece testagem rápida e gratuita para ISTs em unidades de saúde e principalmente no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) voltado à orientação e testagem coletiva referente a ISTs. Após a testagem, a pessoa é encaminhada para um serviço secundário onde realiza consulta com um especialista e inicia o tratamento farmacológico e o acompanhamento multidisciplinar, que envolve a terapia ocupacional e psicologia. Cada caso é avaliado individualmente em sua demanda.

Eduardo comenta a importância de falar sobre o tema: “o diálogo, a conversa, o espaço para as pessoas se comunicarem de forma livre e segura é importante. No final das contas, a educação é a melhor forma que temos de vencer qualquer obstáculo e dificuldade, é só com educação que a gente vai conseguir superar”.

O médico Eduardo Guimarães ressalta a importância das campanhas para alcançar os indivíduos que podem estar infectados, mostrar a possibilidade de testagem e de tratamento: “é sobre chegar no individuo no momento certo para que ele receba o tratamento e tenha oportunidade de bloquear esse ciclo de transmissão. Porque só sabendo o status sorológico que as pessoas vão ter consciência e oportunidade de tomar uma decisão acertada”. O médico ressalta que, antes do teste rápido e tratamento, a principal escolha deve ser a prevenção: “a camisinha está disponível nas unidades básicas de saúde, nas UPAs, nos CTAs. Nós temos diversas formas combinadas de prevenção da transmissão das ISTs”.

Com informações de Yona Carmo, do Hospital Santa Isabel