Exposição em rua de Blumenau vai marcar os 13 anos da catástrofe de 2008

Foram cerca de 2,1 mil construções danificadas ou destruídas pelos deslizamentos de terra e cerca de 25 mil pessoas tiveram que deixar as casas. E o pior: 24 moradores morreram.

A tragédia que assolou Blumenau e o Vale do Itajaí no ano de 2008 completa 13 anos na próxima segunda-feira (22/11/21). Uma data marcante, que traz muitas lembranças, principalmente para quem de alguma forma foi atingido pelo maior fenômeno natural já registrado na história do município.

Para recordar a data, a Secretaria de Defesa Civil (Sedeci) preparou uma exposição de imagens e materiais alusivos ao evento climático que ficarão expostos na Rua Prof. José Ferreira da Silva, a transversal da Avenida Beira Rio próxima do Teatro Carlos Gomes.

Segundo o mote ostentado há bastante tempo pela Defesa Civil, o lema é Lembrar o passado para prevenir o futuro. “A catástrofe de 2008 foi uma tragédia imensurável para a região, pois não se resumiu apenas a inundações, mas sim a um elevado número de deslizamentos de terra, que acabou atingindo o município quase por inteiro, deixando vários bairros e comunidades ilhadas, sem energia elétrica e água potável”, ressalta o secretário da pasta, Carlos Olímpio Menestrina.

Ainda de acordo com Menestrina, a data de 22 de novembro não deve ser comemorada, mas sim respeitada, pelo o que ela representou. “Foi a partir de 2008 que mudamos nossa forma de pensar e agir no município. Instituímos um setor de geologia para acompanhamento das áreas de risco de Blumenau e posteriormente viabilizamos o departamento de meteorologia, o AlertaBlu, que monitora toda a condição climática e antevê o volume de chuva a que estamos submetidos”, salienta.

As marcas e perdas de 2008 influenciaram em muitos aspectos, como a conceção de alvará para construção e o planejamento de novas obras de contenção ou de drenagem. Tudo  passa pelo crivo do setor de geologia, o que não acontecia antes da catástrofe. Respeitar os limites impostos pela natureza, em áreas de risco ou regiões alagáveis, aumenta a capacidade para enfrentar os eventos climáticos.

Além de instituir os setores de geologia e de meteorologia após 2008, a Defesa Civil reforçou sua estrutura, ampliou a equipe técnica e introduziu no cotidiano, rotinas educativas como os programas de Defesa Civil na Escola e Agente Mirim, que preza por trabalhar a questão da prevenção com os alunos do ensino básico e fundamental.

Além das autoridades o evento da segunda-feira, 22, contará também com a presença do 23º Batalhão de Infantaria (BI,) Polícia Militar (PM), Guarda Municipal de Trânsito (GMT), 3º Batalhão de Bombeiro Militar (BBM) e Jeep club.

A tragédia

A maior catástrofe natural de Blumenau em 2008, foi uma conseqüência de três meses chuvosos, que encharcaram em demasia o solo, resultando no mês novembro após uma chuva mais volumosa naquele fatídico, dia 22, os episódios em sequencia de inúmeros deslizamentos de terra, seguido depois de inundações.

Foram cerca de 2,1 mil construções danificadas ou destruídas pelos deslizamentos de terra e cerca de 25 mil pessoas tiveram que deixar as casas. Além do mais, 24 vítimas fatais foram registradas aqui em Blumenau. Como medida protetiva, 62 abrigos foram ativados pelo município para amparar as famílias desabrigadas, assim que iniciaram as ocorrências.

Evento: 13 anos da catástrofe de 2008
Slogan: Lembrar o passado para prevenir o futuro
Data: 22 de novembro
Horário: A partir das 8h
Local: Rua Prof. José Ferreira da Silva
Objetivo: exposição de imagens, viatura e materiais da Defesa Civil

Com informações de Fernando Gonzaga [SECOM/BNU]