Energia elétrica: mantida a bandeira tarifária verde para julho

O nível atingiu uma média de 87% no início do período seco, o que explica o cenário favorável do momento.

Com os reservatórios das usinas hidrelétricas em níveis satisfatórios, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira verde para julho para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O nível atingiu uma média de 87% no início do período seco, o que explica o cenário favorável do momento.

A conta de luz está sem taxa extra desde o fim da bandeira de escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até meados de abril de 2022. Caso houvesse a instituição das outras bandeiras, a conta de luz refletiria um reajuste de até 64% das bandeiras tarifárias aprovado em junho de 2022 pela Aneel.

Os aumentos refletiram a inflação e o maior custo das usinas termelétricas neste ano, decorrente do encarecimento do petróleo e do gás natural nos últimos meses.

Bandeiras tarifárias

As bandeiras tarifárias foram criadas em 2015 pela Aneel levando em conta os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (bandeira amarela) a R$ 9,795 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Quando a bandeira de escassez hídrica vigorou de setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, o consumidor pagava R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.

O Sistema Interligado Nacional é dividido em quatro subsistemas, o Sudeste/Centro-Oeste; o Sul; o Nordeste e o Norte. Praticamente todo o país é coberto pelo SIN. A exceção são algumas partes de estados da Região Norte e de Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima.

Atualmente, há 212 localidades isoladas do SIN, nas quais o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país. A demanda por energia nessas regiões é suprida, principalmente, por térmicas a óleo diesel.

Fonte: Agência Brasil