Abril é o mês de conscientização do Parkinson, uma doença do sistema nervoso central que muitas vezes se manifesta inicialmente por tremores nas mãos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, é a segunda condição neurodegenerativa mais comum no mundo.
No Brasil, acredita-se que mais de 200 mil pessoas sejam impactadas por essa condição, a qual é mais evidente a partir dos 65 anos. No entanto, a doença pode manifestar sintomas até mesmo antes dos 50.
Dr. João Filipe de Oliveira, Neurologista e coordenador do Ambulatório de Neurologia do Hospital Santa Isabel, destaca a necessidade de um diagnóstico preciso, que não se baseia apenas em um sintoma isolado. A doença é caracterizada principalmente pela bradicinesia – lentidão dos movimentos – que, ao ser combinada com ao menos outro sintoma como rigidez, tremores ou dificuldades para caminhar.
O tratamento evoluiu consideravelmente, com uma gama variada de medicamentos e terapias disponíveis para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A abordagem multidisciplinar é fundamental, envolvendo nutricionistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos e educadores físicos. A área de neurologia do Hospital Santa Isabel oferece suporte especializado em todas as etapas da doença, incluindo terapias avançadas e cirurgia de implante de eletrodo para estimulação cerebral profunda.
Além do suporte médico, a integração social dos pacientes é incentivada por meio de entidades sem fins lucrativos e grupos de apoio, como a associação Viva Parkinson, que promove a socialização, a aceitação da doença e a melhoria na qualidade de vida tanto dos pacientes quanto de seus familiares. Essas iniciativas destacam a importância da comunidade e do apoio mútuo no manejo do Parkinson.
