Com a escassez de máscaras cirúrgicas para serem vendidas no mercado, os pequenos comerciantes estão preocupados, entre eles, padarias, pequenos supermercados, farmácias, entre outros, que precisam trabalhar. Diante desse quadro, algumas pessoas e empresas, de diversas cidades, estão se solidarizando e produzindo máscaras de tecido reutilizáveis para doação. Um bom exemplo, de Blumenau, é a artesã e massagista Maristela Junges que se ofereceu para produzir máscaras para uma pequena padaria, no bairro Fidélis.
Ela explica que está em casa, assim como a maioria das pessoas, sem faturamento, visto que depende do seu trabalho como esteticista para a sua subsistência,e resolveu que teria de fazer algo para passar o tempo e colaborar com as pessoas. Foi quando soube que o proprietário dessa pequena padaria estava com muitas dificuldades para comprar máscaras e o serviço dele é considerado essencial. Com 12 colaboradores, ele estava bastante preocupado com a situação.
“Sabemos da importância da prevenção para não disseminar o vírus e o trabalho deles não pode parar. Como tinha tecido em casa, resolvi produzir as máscaras para eles. Pode parecer algo bem pequeno, mas se cada um de nós colaborar com aquilo que sabe fazer, vamos enfrentar essa situação com mais serenidade”, declara. O proprietário da padaria quis, inclusive, pagar pelas máscaras. Mas, ela preferiu fazer a doação. “Acredito que se as pessoas fizerem isso, não vamos precisar depender da chegada de máscaras no mercado. E as que estiverem disponíveis poderão ser destinadas aos profissionais da saúde, que possuem uma demanda bem maior”, avalia.
Em Balneário Camboriú, o projeto Veste Vidas, liderado pela empresária Sandra Bronzina, pela diretora da CDL Mulher, Mirvana Andreis, e da arquiteta Graziele Andreis, doou essa semana 740 máscaras de tecido, confeccionadas por cerca de 40 costureiras voluntárias, para serem usadas pelos profissionais de saúde da cidade. Os tecidos utilizados foram doados por diversas empresas do Vale do Itajaí.
Em Pomerode, a Malharia Treze e o Grupo Kyly também fizeram doações. A Malharia doou 500 máscaras para a Secretária de Saúde, Hospital e Maternidade Rio Testo e Centro de Convivência Pommernheim. O Grupo Kily doou 1.900 máscaras, 4.800 luvas e ainda está produzindo aventais para o setor de saúde. Além disso, a Malwee doou 900 máscaras para o Hospital de Pomerode e cerca de 5 mil itens de material hospitalar descartável para o Hospital e Maternidade de Jaraguá do Sul. “Não importa a quantidade, o mais importante é a união e a solidariedade de todos lutando para conter esse vírus. Com certeza vamos conseguir”, declara Maristela.