Por Jamile Cardoso
Os dois vereadores do partido NOVO na Câmara de Blumenau devolveram nesta quarta-feira (21/06/23) o valor do auxílio-alimentação, que teriam direito a receber. Diego Nasato e Emmanuel Tuca foram contra a medida aprovada pela maioria dos parlamentares da Casa no dia 20 de abril. O benefício que não existia para os mandatários, agora é de R$ 35 por dia, incluindo fins de semana e feriados.
Nasato publicou em suas redes sociais o comprovante do depósito mostrando a devolução de R$ 524,88, que é o valor parcial, pois o projeto foi aprovado na metade do mês. O montante total do auxílio-alimentação é de R$ 1.050 por mês. “Votei contra a aprovação do auxílio-alimentação, pois acredito que é essencial zelar pelos recursos públicos com responsabilidade”, declarou.
“Por coerência e convicção, seguirei devolvendo os valores depositados em minha conta, como forma de reafirmar meu compromisso com a transparência àqueles que me proporcionaram estar na posição de vereador”, finalizou Nasato, que foi parabenizado nos comentários da postagem por moradores de Blumenau que também são contrários à medida.
O vereador Tuca gravou um vídeo para explicar seu posicionamento, com o comprovante de depósito em mãos. “Hoje devolvi o valor depositado do vale-alimentação criado para os vereadores por discordar dessa ideia. Se queremos cobrar exemplos, precisamos dar exemplos”, disse Tuca, que aproveitou a publicação para relembrar alguns compromissos assumidos.
“Compromisso com o dinheiro público foi o que me motivou a entrar na política, a vontade de provar que é possível fazer diferente. A sensação de dever me fez colocar a “cara a tapa” em 2020 para mudar a nossa cidade e futuro do nosso país (…) Eu escolhi colocar a mão na massa, me candidatar a vereador, fazer a coisa certa!”, escreveu o primeiro vereador eleito pelo NOVO em Blumenau.
Contrários também ao aumento do número de assessores
No mesmo dia em que aprovaram o reajuste do valor do auxílio-alimentação, os vereadores de Blumenau aumentaram ainda o número de assessores em gabinete, incluindo um quarto assessor, com salário de R$ 7 mil para cada um dos parlamentares. Nasato e Tuca também foram contrários à proposta e não farão uso desse cargo.