A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre o risco de hipertricose, condição caracterizada pelo crescimento excessivo de pelos, em bebês que tiveram contato com áreas da pele onde foi aplicado minoxidil. O medicamento é indicado exclusivamente para tratamento de alopecia androgênica em homens adultos.
De acordo com a Anvisa, casos foram relatados na Europa, envolvendo bebês que desenvolveram a condição após o contato acidental com o produto. Em geral, os sintomas regrediram após a suspensão do contato com o medicamento.
Como medida preventiva, a agência solicitou às empresas responsáveis pelo registro do minoxidil que atualizem a bula do produto, incluindo o risco de hipertricose infantil. O objetivo é ampliar a informação disponível aos usuários e profissionais de saúde.
A recomendação é que bebês não tenham contato com áreas da pele onde o produto foi aplicado, e que os usuários lavem bem as mãos após o uso. Pacientes que convivem com crianças pequenas devem redobrar a atenção e procurar orientação médica caso percebam um crescimento anormal de pelos nos pequenos.
A Anvisa reforça ainda a importância do Ciclo de Farmacovigilância, sistema que monitora a segurança dos medicamentos após sua liberação. Em casos de efeitos adversos, os usuários podem fazer a notificação por meio do sistema VigiMed.