Tese de doutorado em SC resulta em pesquisa de repelente contra água-viva

Foto: Corpo de Bombeiros
Foto: Corpo de Bombeiros

 

Os banhistas do Litoral catarinense estão assustados com os 43.528 mil casos de queimaduras por águas vivas registrados desde o início (1/10/16) da Operação Veraneio, até segunda-feira (16/01/17). A quantidade é o dobro da operação do ano anterior. O ideal seria ter um repelente, assim o animal nem aproximaria do ser humano. Pois é … já existe!

O projeto foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), que partiram do princípio de que uma água-viva não oferece perigo de envenenamento para outra. Para tanto,  avaliaram as propriedades bioquímicas e atividades biológicas que combatem os envenenamentos nas diferentes espécies de medusas que existem no nosso Litoral. O próximo passo foi identificar formas de reproduzir esse efeito em seres humanos. Esse princípio ativo vai ser misturado com o protetor solar para aplicar na pele antes de entrar na água.

E sabem como surgiu todo esse projeto do repelente? Foi apresentada por Fabiana Figueredi Molin de Barba, como tese de doutorado do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental da Univali. A fórmula ainda é um segredo bem guardado que em breve deve ser produzido em massa através de uma indústria de cosméticos ou farmacêutica. A intenção é que possa estar no mercado até a próxima temporada.

Um dado interessante revelado durante os estudos, é o efeito da vaselina líquida sobre a queimadura da água-viva, que reduz em 84% a dor percebida. Outro produto eficiente para esses casos, é um creme neutro com cânfora, onde a redução é um pouco menor, mesmo assim de 76%.