Os moradores de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, enfrentaram uma manhã de sábado (19/04/25) com diversos prejuízos. Um temporal por volta das 5h40, com chuva e ventos fortes, causou danos em cerca de 59 casas, derrubou árvores e placas, além de destruir um aviário no município.
Os bairros mais atingidos foram Bela Vista, Cristo Rei, Belvedere, Trevo e Desbravador, onde também foram registrados deslizamentos em ruas e alagamentos nas marginais de uma rodovia. Houve bloqueios nos acessos às linhas Sarapião e Tormen. Nesta última, os ventos chegaram a destruir um aviário. Equipes da prefeitura foram mobilizadas para desobstruir as vias com o acesso comprometido.
A Defesa Civil de Chapecó está distribuindo lonas para que os moradores protejam as residências destelhadas. As equipes também foram orientadas a elaborar os laudos técnicos necessários para auxiliar quem possui seguro nos imóveis. Apesar dos estragos, não há feridos e nem desalojados.
Teria sido uma microexplosão?
O que aconteceu na cidade lembra muito uma microexplosão (ou microburst, em inglês). Esse fenômeno atmosférico é caracterizado por ventos extremamente fortes e localizados, causados por uma corrente descendente de ar frio que, ao atingir o solo, se espalha violentamente em todas as direções. O resultado são rajadas intensas e repentinas, muitas vezes com força destrutiva.
Durante uma tempestade, há regiões onde o ar resfriado pela chuva intensa ou pelo granizo se torna mais denso e afunda rapidamente. Quando essa massa de ar “despenca” e atinge o solo, ela se espalha horizontalmente, gerando ventos que podem ultrapassar 100 km/h, em uma área geralmente inferior a 4 km de diâmetro.