Suspeitos que planejavam sequestrar e matar senador Sergio Moro são presos

Outras autoridades também estavam no alvo dos criminosos. A ação da Polícia Federal acontece nesta quarta-feira (22/03) em Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Na manhã de quarta-feira (22/3), a Polícia Federal iniciou a Operação Sequaz, visando desmantelar um plano orquestrado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar e assassinar servidores públicos e autoridades. Entre os alvos estavam o ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil/PR) e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, membro do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco).

A ação ocorre em Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Segundo a Polícia Federal, os ataques poderiam ser realizados simultaneamente, e os principais suspeitos estão localizados em São Paulo e Paraná. Até às 9h40, nove indivíduos foram detidos.

O senador Sergio Moro declarou, através das redes sociais, que o PCC pretendia assassinar toda a sua família.

O PCC é liderado por Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola. Em 2018, o promotor Lincoln Gakiya solicitou a transferência de Marcola de São Paulo para um presídio federal. No início de 2019, o líder do PCC foi transferido para a Penitenciária Federal de Brasília.

Dentre as medidas propostas por Moro no chamado “pacote anticrime”, estão a proibição de visitas íntimas e o monitoramento das comunicações dos presos, inclusive com seus advogados, em penitenciárias federais.

As investigações indicam que o sequestro e assassinato de Moro e outras autoridades teriam como objetivo extorquir dinheiro e negociar a libertação de Marcola, que no início deste ano foi transferido do Presídio Federal de Porto Velho (RO) para o de Brasília.

Cerca de 120 agentes da Polícia Federal estão cumprindo 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária nos estados de Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná.