Slackline e Diogo: uma paixão pelo esporte que já dura 11 anos

No domingo (12/09) ele e um grupo de pessoas realizavam a travessia do ribeirão Garcia se equilibrando sobre uma fita.

Foto: Soni Robinson Witte

Um jovem se equilibrando sobre uma fita ao lado da nova ponte Ruy Willicke chamou a atenção de quem passava na tarde de domingo (12/09/21) no início da Rua 15 de Novembro, no Centro de Blumenau. Natural da cidade e morador do bairro Vila Nova, Diogo Fernando Blockwel, de 34 anos, é praticante do slackline há 11 anos. Mas na modalidade de altura começou há uns três anos e meio.

Foto: Soni Robinson Witte

“Quando vi a inauguração dessa ponte nova, depois que retiraram as árvores, percebi que tinha uma altura legal para essa brincadeira. Antes elas estavam na frente, impedindo a passagem das fitas e sua travessia. Agora vi a possibilidade de praticar com nosso grupo e estamos vindo alternadamente aos sábados e domingos para praticar (slackline)”, comentou Diogo.

Os iniciantes começam no gramado na frente do Museu da Cerveja. O grupo de Diogo não tem nome, é composto por cerca de 20 pessoas, mas apenas sete participam com mais frequência. Eles se encontram todas as terças e quintas-feiras entre às 7h e 21h30 em um espaço próprio do esporte ao lado do ginásio do Galegão, no Parque Ramiro Ruediger.

As principais modalidades do slackline são Longline, Highline, Waterline (sobre a água), Trickline e Yogaline. Segundo Diogo, a altura ao lado da ponte tem aproximadamente 12 metros de altura, que fica dentro do nível middle (médio em inglês), um estágio anterior ao highline que é em torno de 35 metros.

O esporte cresceu bastante em Blumenau, mas a pandemia impediu a realização dos eventos. “Não foi possível prever a pandemia, mas o esporte tem crescido em todo o Brasil. Muitas prefeituras já estão construindo espaços próprios nas praças, como é o caso do Ramiro. Participo de vários grupos de slackline e percebo isso acontecendo em muitas cidades”, disse Diego.

Entrei no assunto segurança na prática deste esporte. “É impossível dizer que você irá subir em uma fita e não vai cair. Nós temos uma fita principal onde andamos e uma segunda embaixo, no mesmo sistema, que chamamos de backup e salva-vidas. A probabilidade de algo dar errado é 1 para um milhão, mas pode acontecer. É mais fácil romper a fita se cair um raio durante um temporal do que quando o atleta estiver andando sobre ela”, disse.

Os treinos nunca começam com altura, sempre na fita baixa e curta. Isso é importante para pegar toda a noção de equilíbrio e balanço, porque quanto mais longa a fita, mais difícil é a travessia. Tudo é uma questão de tempo e treino. As técnicas não abrangem só o equilíbrio, mas lidar com a parte principal do esporte que é a fita, como por exemplo aprender a fazer os nós adequados.

Acostumado a promover e participar de eventos de slackline, de onde vinha sua principal fonte de renda, durante a pandemia Diogo precisou se reinventar. Por isso criou um site para vender mercadorias, que permitiu reunir um dinheiro que irá usar em seu próximo projeto, que tem sua namorada como parceira: conhecer o Brasil de Kombi. Para sobreviver, eles irão vender peças de crochê e realizar eventos de slackline.

As imagens foram gravadas pelo nosso colaborador Soni Robinson Witte. A entrevista deste vídeo foi feita por celular e incluí no vídeo com algumas informações que completam esse texto.