Segunda execução de policial militar nessa semana preocupa comando estadual

Foto: Manoel Mafra

 

Por volta das 20h15min desta quarta-feira (30/8/17), foi executado o segundo policial militar desta semana em Santa Catarina, no intervalo de apenas três dias. O crime aconteceu na Rua Garamirim, bairro Tabuleiro, em Camboriú, quando a vítima estava na frente de uma padaria e foi surpreendido por um homem armado, que disparou vários tiros, no mínimo três na cabeça do policial.

O PM Edson Abílio Alves, de 51 anos, era sargento da reserva remunerada da Polícia Militar de Santa Catarina, e estava desarmado no momento do assassinato. Cenas das imagens de videomonitoramento registram a chegada do criminoso, o policial tentando se defender, quando cai no chão, momento em que está desprotegido e recebe os tiros fatais. A PM disse que não foram encontradas cápsulas de munições perto do corpo.

Na segunda-feira (28), o cabo Joacir Roberto Vieira, de 43 anos, também foi morto a tiros em Joinville. Ele estava de folga dentro de uma loja quando foi alvejado por dois homens.

A pergunta que incomoda é: teriam essas execuções alguma relação com o que acontece no Rio de Janeiro, onde 100 policiais militares já foram executados esse ano? Ou seja, alguma organização criminosa pode estar comandando isso e ter chegado ao nosso Estado? Tomara que a resposta seja não. Joinville e Camboriú enfrentam sérios problemas na segurança pública, onde a criminalidade está muito alta.

O comandante geral da Polícia Militar de Santa Catarina gravou um vídeo pedindo aos policiais atenção especial quanto a sua segurança pessoal.

 

 

“Pela segunda vez em um intervalo de três dias, fomos atacados covardemente pela ação de criminosos que ceifaram a vida de dois irmão de farda. Nossos corações sofrem a dor destas perdas. Nossa Polícia Militar está tristemente enlutada. A ousadia protagonizada pelos criminosos deve ser encarada com preocupação, não só pelas forças de segurança, mas também por toda a sociedade catarinense, que há de se indignar com estas mortes, pois a polícia é o que separa a paz do caos social. A você, policial militar, peço que redobre todos os cuidados com a sua segurança pessoal. Não recuaremos um centímetro sequer no enfrentamento ao crime. Nosso tributo a memória de nossos irmão de far será, portanto, a necessária pronta resposta que o cenário exige. Todo o mal que for feito a um policial militar será, legitimidade, técnica e legalidade, repelido com o mais absoluto rigor”, finaliza o coronel Paulo Henrique Hemm.