Rio Itajaí-Açu apresenta pontos de melhora na qualidade da água

Monitoramento realizado pela Odebrecht Ambiental mostra evolução devido a interligação de residências ao sistema de esgotamento sanitário

Fotos mostrando uma espuma branca em certos pontos do Rio Itajaí-Açu viraram rotina, mas as cenas ficarão cada vez menos frequentes. A espuma, formada pelo despejo de esgoto doméstico nas galerias de água pluvial que desembocam no ribeirão, está ameaçada pelas ligações de residências à rede coletora de esgoto. O que é um bom sinal, de acordo com o coordenador de Operação da Odebrecht Ambiental, Guilherme Schmidt Pimentel.

O monitoramento começou por 10 pontos em 2011 e, atualmente, já são analisados 18. As coletas são realizadas mensalmente em seis pontos, sendo que cada um é monitorado quatro vezes ao ano. A partir das amostras coletadas são avaliados nove parâmetros de qualidade, que incluem: Oxigênio Dissolvido, Turbidez, Coliformes Fecais e a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO). Esses parâmetros servem para calcular o Índice de Qualidade da Água (IQA), que indica em cores o estado atual dos rios.

Desenvolvido pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo (CETESB), o índice é utilizado por gestores de diversas cidades brasileiras para avaliar a qualidade da água bruta que abastece os moradores. O IQA apresenta, em sua maioria, contaminações causadas pelo lançamento de esgotos domésticos nos ribeirões e é caracterizado pelas seguintes faixas:

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Dos 18 pontos monitorados em parceria com o Senai de Santa Catarina, quatro estão com o IQA bom, nove são aceitáveis e cinco ainda ficam abaixo do esperado. A evolução foi detectada em córregos próximos a áreas parcialmente cobertas pelo sistema de esgoto. “Qualquer carga excedente ou novas ligações domiciliares geram um impacto instantâneo. Esperamos é que as próximas medições apresentem índices ainda mais positivos e confirmem a adesão dos blumenauenses à rede coletora de esgoto”, explica Guilherme. Na tabela seguinte, é possível conhecer os pontos que são monitorados e os respectivos índices:

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Em 2013, existia apenas um ponto bom e um aceitável, enquanto 14 estavam ruins e dois eram péssimos. O benefício de um sistema de coleta e tratamento de esgoto adequado fica ainda mais visível quando comparamos os resultados iniciais de 2011 com os índices atuais. Há três anos, eram 15 pontos péssimos ou ruins e, hoje, são 13 pontos bons ou aceitáveis.

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Atualmente, 30% da rede coletora está disponível e a expectativa é que cerca de três mil imóveis, que ainda não efetuaram a ligação, comecem a utilizar o serviço de coleta e tratamento de esgoto até o fim do ano. “A qualidade da água é um dos maiores desafios do homem no século 21. Mantê-la disponível, limpa e potável é uma maneira de garantir qualidade de vida e o monitoramento dos rios comprova a melhora ambiental que já tivemos até aqui. Por isso, é fundamental que cada um faça a sua parte e contribua para o aumento da cobertura da rede de esgoto”, completa Guilherme.

Texto: Sabini Roncaglio