A Secretaria de Saúde de Brusque realizou um Levantamento Epidemiológico da Cárie Dental nas escolas e Centros de Educação Infantil da rede municipal de ensino. A pesquisa foi realizada com crianças de cinco e 12 anos, quando, em média, inicia-se a esfoliação da dentição decídua (conhecidos como dentes de leite) e conclusão da permanente, respectivamente.
Ao todo foram avaliadas 2.107 crianças, sendo 1.447 com cinco anos e 660 de 12 anos, ao longo do ano de 2019. O índice utilizado para o levantamento foi o CPO-D, que calcula a média de dentes cariados, perdidos e obturados em crianças de 12 anos; e o CEO-D, que calcula a média de dentes decíduos cariados, esfoliados, em crianças de cinco anos.
Entre crianças de 12 anos, o índice ficou em 1,58 e nas de cinco anos, ficou em 1,96. Ambos os resultados caracterizam índice baixo, de acordo com a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2012, a Secretaria de Saúde já havia feito um estudo com as crianças de 12 anos. Naquele ano o índice ficou em 4,25, considerado médio pela OMS. Em sete anos houve uma redução significativa de dentes afetados por cáries (57%), dentes perdidos (98,9%) e dentes restaurados (65%).
O odontólogo Marcelo Galina Bolzan explica que neste período houve um aumento na preocupação com a saúde bucal das crianças e também aumentou o trabalho da equipe de saúde bucal. “Percebemos a importância do trabalho realizado pelos odontólogos e pelas auxiliares de saúde bucal no nosso município. Além de ter diminuído o número do índice do CPOD e COD, aumentou muito também o número de atividades dentro dos consultórios, atividades clínicas que são rotineiras, no cirurgião dentista como as limpezas, restaurações, enfim e também muitas atividades que são realizadas fora do consultório que são as atividades de orientação, as atividades de escovação supervisionada, as atividades de aplicação de flúor tópico nas escolas”.
Ele explica, ainda, que em Brusque, o cuidado com a saúde bucal inicia já na gestação. “Na verdade, iniciamos o trabalho já no período gestacional em que as gestantes são atendidas pelos dentistas e elas recebem orientações quanto a higiene bucal dos seus futuros bebês, então existe o acompanhamento dessas crianças desde o período gestacional”.
Bolzan afirma ainda que, em 2012, havia apenas sete estratégias de saúde bucal que tinham sido implantadas recentemente, no ano de 2011. “Em 2012 era um momento de início de um trabalho contínuo, gradual, de cuidado. Em 2019 quando a gente fez o segundo levantamento a Secretaria de Saúde ela já contava com 24 estratégias de saúde bucal implantadas, então fica evidente que a cobertura de atendimento populacional aumentou muito, todas as atividades preventivas aumentaram muito nesse período”.
Estiveram envolvidos na pesquisa 16 profissionais de saúde bucal. As equipes atuaram simultaneamente nas escolas. No momento do exame, os alunos já estavam com a higiene bucal feita. Para o procedimento os profissionais utilizaram luvas, máscara e espátulas de madeira.
Fonte: Prefeitura de Brusque