Recordes e índice para competição mundial: Blumenau brilha no paratletismo brasileiro

Competição aconteceu no último fim de semana no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo (SP), e foi organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Paratleta Suzana Nahirnei | Foto: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)

Entre sexta-feira e domingo (5 e 7/05/23), Paratletas de Blumenau brilharam na 2ª Fase Loterias Caixa de Atletismo. O evento foi organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e realizado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo (SP). Com dois recordes brasileiros, um índice para a competição mundial que acontecerá na França em junho, e outro como melhor tempo mundial, a cidade se destacou no cenário paralímpico.

Suzana Nahirnei, que compete na classe F46 para amputados ou pessoas com deficiência nos membros superiores, alcançou o recorde brasileiro no arremesso de peso com a marca de 11,05 metros. Já Wesley Henrique Ouríques, que compete na classe F51 para pessoas em cadeiras de rodas, conquistou o recorde brasileiro no lançamento de club com a marca de 22,23 metros.

Além disso, José Alexandre Martins da Costa, que compete na classe T-47 para pessoas com deficiência nos membros superiores, ficou em primeiro lugar nos 100 metros com o tempo de 10’83, além de conquistar o segundo melhor tempo mundial. E Dayane Paes Muniz, que compete na classe F57 para pessoas em cadeiras de rodas, venceu o lançamento de disco com a marca de 24,52 metros. Maria Daniela Aparecida da Luz Morlo, que compete na classe F20 para pessoas com deficiências intelectuais, ficou em segundo lugar no arremesso de peso com a marca de 10,28 metros.

Com esses resultados, Blumenau alcançou o objetivo de se destacar no cenário mundial do paratletismo. Segundo Andressa Kruger, técnica que acompanhou a equipe, Suzana atingiu o índice A no arremesso de peso e praticamente garantiu sua vaga no mundial de Paris. Já José pode gerar uma convocação futura por ranking.

O Programa Paradesporto Blumenau também se destacou na competição, com Felipe Lucio Mendes, professor dos paratletas, recebendo a 4ª colocação como melhor treinador da competição. Para Giselle Chirolli, secretária da Secretaria de Inclusão da Pessoa com Deficiência e Paradesporto (Seidep), esses resultados e o reconhecimento do professor aumentam a confiança para dar continuidade ao trabalho e confirmam o sucesso do Programa Paradesporto de Blumenau, que conta com o apoio da Prefeitura de Blumenau e de patrocinadores e apoiadores.

As vitórias pessoais no paradesporto representam muito mais do que apenas ganhar uma disputa em uma competição. Para os atletas com deficiência, é uma oportunidade de superar barreiras e limitações. Cada vitória representa uma prova de que é possível alcançar seus objetivos e sonhos, mesmo diante de dificuldades.

Elas mostram que a deficiência não é uma limitação para alcançar grandes feitos e que é possível viver uma vida ativa e saudável, independentemente das condições físicas ou mentais. As conquistas no paradesporto também ajudam a mudar a percepção da sociedade da capacidade de realizar grandes feitos, que merecem respeito e reconhecimento.

Foto: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)
Foto: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)
Foto: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)
Foto: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)
Foto: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)
Paratleta Maria Daniela Aparecida da Luz Morlo | Foto: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)