Puxado pela agricultura, PIB tem crescimento de 1% em 2017 e atinge R$ 6,6 trilhões

 

Por Cintia Moreira

O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas no país, fechou o ano passado com crescimento de 1%, se comparado com 2016. O valor atingiu R$ 6,6 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (1/03/18), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE.

O que contribuiu para o resultado foi a alta de 13% na agropecuária e de 0,3% nos serviços, sem contar com a estabilidade nas indústrias. É válido ressaltar que esse resultado da agropecuária foi o melhor do ano em toda a série, que começou em 1996, com destaque para as lavouras do milho (55,2%) e da soja (19,4%).

Os serviços, que têm o maior peso na composição do PIB, tiveram variação positiva de 0,3%, influenciados pelo crescimento do Comércio (1,8%) e das Atividades Imobiliárias (1,1%). Apesar do setor industrial ter permanecido estável na passagem de 2016 para 2017, os destaques positivos foram as indústrias extrativas (4,3%) e de transformação (1,8%).

Em entrevista à Rádio Tupi, o presidente Michel Temer, comemorou o resultado nesta quinta-feira (1º) e afirmou que isto pode trazer mais empregos para os brasileiros. “Isto tem um significado, de não aumentar os preços no supermercado, tem uma produção também na área agrícola extraordinária, que favorece a redução dos preços. Porque, às vezes, a gente fala: a inflação caiu, os juros caíram, mas o quê significa isto para mm? Significa retomada do emprego. Neste último trimestre abriram-se 1,8 milhão novos postos de trabalho e com a indicação do chamado Produto Interno Bruto, a previsão é que haja praticamente 3 milhões de novos empregos.”

 

A taxa de investimento no ano foi de 15,6% do PIB, abaixo dos 16,1% de 2016. Já a taxa de poupança teve um aumento e foi de 13,9% em 2016 para 14,8% em 2017. A despesa de consumo das famílias cresceu 1% em relação ao ano anterior, o que pode ser explicado pelo comportamento dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda no ano de 2017.

No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 5,2%, enquanto as Importações de bens e serviços avançaram 5%.