Profissionais refletem sobre o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico

Eles tiveram os seus trabalhos reconhecidos em 2022, através da premiação promovida pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

Mirian Carbonera | Foto: divulgação

Neste 8 de julho é comemorado o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico. A agência de notícias do Governo de Santa Catarina publicou um texto em que fez quatro perguntas para quatro vencedores do Prêmio Fritz Müller de Pesquisa Fapesc 2022. A intenção foi colher a sua opinião sobre a importância do ofício.

O objetivo da premiação é reconhecer os profissionais que contribuem de forma significativa para pesquisa científica e tecnológica, a formação de recursos humanos em suas áreas de conhecimento e para o avanço do ecossistema em Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) no estado de Santa Catarina.

O prêmio é organizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc)

“É muito importante ter um olhar para a formação e para o grupo de pesquisa que está trabalhando. Porque um pesquisador dificilmente vai trabalhar sozinho, vai atuar em grupo e em rede. É importante mostrar para seus alunos que busca o aperfeiçoamento, que vá a congressos, participa de simpósios, de workshops, de eventos, tanto nacionais quanto internacionais, para que se insira em grandes redes de pesquisa. E com isso possa mostrar o que faz, colaborar com outras pessoas e trazer outras pessoas para colaborar com ele. Assim, terá uma atuação tanto para a formação de pessoas quanto para sua própria formação. Porque o conhecimento é sempre contínuo” disse André Luís De Gasper, professor de Botânica e Biogeografia da Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), vencedor do prêmio na Categoria Jovem Pesquisador – Ciências Biológicas.

Mirian Carbonera, professora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências Ambientais na Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), vencedora na categoria Pesquisador Destaque – Ciências Humanas, disse que para ela é uma criação humana que usa um método rigoroso e verificável para o conhecimento da realidade. “Deve estar ao serviço do bem-estar e do desenvolvimento das sociedades humanas”.

Marcos Vinícius Viana da Silva, foi questionado sobre quais os outros caminhos profissionais para o pesquisador. Ele é professor de graduação dos cursos de Direito e Relações Internacionais da Univali e Gestor de Propriedade Intelectual do Hub de Inovação da Universidade do Vale do Itajaí (Uniinova). Seu trabalho foi premiado na categoria Jovem Pesquisador – Ciências Sociais Aplicadas.

“Desde a minha graduação até o doutorado eu busquei a interrelação entre mercado e universidade. Sou da área das ciências jurídicas e, através da propriedade industrial e intelectual, sempre quis perceber como as ideias, os processos e os produtos que são inovadores poderiam ser inseridos no mercado. […] Queria dizer para outros pesquisadores: percebam o quanto daquilo que vocês pesquisam se conecta com o mercado, o quanto existe uma demanda do mercado. E se você conseguir fazer essa ponte, e às vezes não é tão difícil, proteger a sua ideia, vender um Know How, você vai conseguir, além de ser professor e pesquisador, algo que é extremamente importante, também ser inserido no mercado e ser remunerado. Porque sua ideia sai do campo da universidade e se conecta com o campo da indústria”, disse o professor Silva.

Sobre a importância da ciência, e consequentemente do trabalho do pesquisador no dia a dia das pessoas, Natan Padoin lembrou citou como exemplo a pandemia de Covid-19. “Foi um exemplo prático de como a ciência utiliza conhecimento acumulado ao longo de séculos para a solução de problemas complexos visando a melhoria da qualidade de vida de toda humanidade”. Padoin é professor e pesquisador no Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos da UFSC, sendo vencedor na categoria Jovem Pesquisador – Engenharias.

Fonte: Governo de Santa Catarina