A Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi) solicitou ao Governo de Santa Catarina um melhor diálogo com os municípios em relação às medidas de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. O pedido foi feito por meio de correspondência enviada ao chefe da Casa Civil, Douglas Borba, na quarta-feira (8/04/20).
No documento, a associaçãoAMMVI pede ao Estado que antecipe a divulgação das ações tomadas sobre as restrições e outras determinações impostas à população, à iniciativa privada e ao poder público. “Somos cobrados a prestar justificativas e orientações à população sem ter perspectivas e informações do Estado a respeito de determinados assuntos. Por isso, reivindicamos que os prefeitos recebam com antecedência as medidas que serão tomadas, para que tenham ciência dos impactos no município e possam instruir os cidadãos”, ressalta o presidente da entidade, Matias Kohler, prefeito de Guabiruba.
Assim como a população,os gestores municipais acabam sendo informados sobre as decisões nas coletivas de imprensa ou pelas publicações na site do governo. mas são eles que estão envolvidos diretamente na execução das medidas junto aos moradores de suas cidades.
Diante da prorrogação da quarentena até 12 de abril, a Ammvi solicitou ainda que as informações quanto às atividades posteriores a esta data sejam repassadas aos prefeitos até o próximo sábado (11). O objetivo é evitar transtornos aos municípios e prestar orientações à população sobre as vedações vigentes, além de organizar o funcionamento da estrutura administrativa das prefeituras.
O documento demanda também que o Governo do Estado sinalize até quando, pelo menos, devem ser mantidos suspensos o ensino público e o serviço de transporte coletivo de passageiros em Santa Catarina. Para os prefeitos, a indefinição no tempo das restrições impede que os municípios possam gerir adequadamente os assuntos de competência municipal.
“Compreendemos todo este cenário de incertezas em virtude do novo coronavírus e estamos contribuindo em tudo que é possível, pois objetivamos garantir proteção e saúde da população. Para tanto, precisamos ajustar o diálogo com o Governo do Estado para que, poder público, iniciativa privada e sociedade compreendam as recomendações que impactam diretamente no cotidiano dos catarinenses e possam organizar suas vidas a partir das determinações e do convívio responsável”, finaliza Kohler.