Pesquisadoras do INCT apresentam estudo sobre risco climático em Blumenau

As projeções para 2040, indicam a cidade como um potencial cenário para novos episódios de movimentação de massa, revelou uma delas.

Foto: divulgação

Na última sexta-feira (18/08/23), Blumenau recebeu as pesquisadoras Martha Barata, doutora em planejamento energético e ambiental; e Diana Marinho, assistente social e mestre em engenharia cartográfica. Ambas trabalham no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) do projeto Mudanças Climáticas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

O motivo da visita foi para apresentar o estudo “Gestão do Risco Climático para a Cidade de Blumenau”, que iniciou em 2017. O município foi escolhido como projeto piloto, levando em conta o histórico de tragédias naturais.

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De acordo com os levantamentos revelados no estudo, Blumenau está entre as 15 cidades do país com maior suscetibilidade a eventos climáticos, muito por conta das características geológicas, mas também pela ocupação em áreas de risco.

“Por todo histórico de eventos climáticos e pelas características geomorfológicas do município, as projeções para o intervalo de tempo entre 2011 e 2040, indica a cidade como um potencial cenário para novos episódios de movimentação de massa”, alerta a pesquisadora Martha Barata.

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O objetivo dos dados é ajudar a instituir estratégias de mitigação. “O município, que já é objeto de alguns estudos, como a carta geotécnica e os próprios mapas de risco, ganha agora com esta pesquisa mais um banco de informações, que visa mostrar nossas condições, bem como os riscos que estamos sujeitos”, destacou Gérson Lange Filho, diretor de geologia da Defesa Civil de Blumenau.

A cidade tem se preparado para prevenir desastres naturais desde que enfrentou as grandes cheias da década de 1980 e a tragédia em 2008. Esta última surpreendeu pelos deslizamentos, porque a maioria das estratégias eram voltadas ao aumento do nível da água.  Além da Defesa Civil, participaram da apresentação as secretarias de Planejamento Urbano, de Desenvolvimento Social, de Gestão Governamental e de Promoção da Saúde.

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