Pesquisa revela perfil do profissional catarinense

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Texto: Cristiane Soethe

Para quem é de fora de Santa Catarina e trabalha ou já atuou aqui, o profissional catarinense tem formação acadêmica adequada, porém a busca por capacitação continuada não parece ser prioridade, além de não dominar outros idiomas. Esses e outros aspectos do profissional catarinense fazem parte dos resultados de pesquisa apresentada para a diretoria da Acib na segunda-feira (9) pela diretora da Véli RH, Flávia Kurth. A pesquisa foi direcionada a investigar as peculiaridades do profissional catarinense e de que forma elas imputam em sua performance e nas relações no trabalho.

Com relação à qualidade do trabalho, a pesquisa mostrou que, nos aspectos que dizem respeito a cumprimento de prazos, planejamento do trabalho, orientação para resultados, oportunidades de mercado e de melhoria e excelência no trabalho, os níveis de direção e gerência foram bem avaliados. No entanto, nos níveis técnico e operacional a avaliação foi mediana. O resultado também mostrou dificuldade em equilibrar a vida pessoal e profissional.

Nos aspectos relacionados à organização, segundo os dados apresentados por Flávia, o relacionamento amigável é percebido, o catarinense tem pouca dificuldade em acolher o profissional de fora. “A dificuldade está em gerir o clima e manter o ambiente amistoso e perceptivelmente justo”, aponta.

Já sobre as competências, diretores e gerentes aplicam e multiplicam seus conhecimentos. Técnicos, administrativos e o operacional têm mais dificuldades. “Dar feedback não é prática recorrente e há dificuldade em receber feedback”, acrescenta diretor executivo da Véli, Werner Kurth. Além disso, a pesquisa detectou que resiliência, criatividade e inovação são competências bem percebidas entre diretores e gerentes e medianamente percebidas entre técnicos, administrativos e operacional.

Entre os aspectos mais valorizados pelos respondentes, o salário aparece como ponto de maior atratividade, seguido de benefícios e valorização pessoal. Na percepção dos profissionais vindos de fora, o catarinense valoriza mais o que é estrutural (salário, plano de carreira, benefícios) e não valoriza com tanta força a flexibilidade de horários ou de regras.

No quesito liderança/subordinação, a habilidade da liderança é avaliada como mediana. O foco em produtividade é mais percebido que o direcionamento para os objetivos estratégicos; a criação de um ambiente participativo e de comunicação livre e direta é desafio para nossas lideranças; e a justiça e equidade não são sempre percebidas.

via ACIB