Pesquisa CDL retrata como foram as vendas de Natal, em Blumenau

Casa do Comércio, sede do CDL de Blumenau
Casa do Comércio, sede do CDL de Blumenau
Casa do Comércio, sede do CDL de Blumenau

Uma pesquisa desenvolvida pela CDL Blumenau com associados à entidade apontou um equilíbrio entre aumento e queda nas vendas no período do Natal de 2015 se comparado ao mesmo período de 2014. De acordo com o presidente da CDL Blumenau, Helio Roncaglio, a pesquisa foi realizada de 4 a 8 de janeiro com associados de diversos segmentos, como calçados, roupas, confecções, tecidos, materiais de construção, artigos para a casa, decoração, bazar, óticas, brinquedos, móveis e eletrodomésticos, confeitaria, lojas de departamento e cosméticos.

Dos entrevistados, 47% disseram que venderam mais em 2015, no período do Natal, se comparado a mesma época de 2014. Outros 47% apontaram queda nas vendas e 6% disseram que as vendas foram iguais a do ano anterior. Sobre a porcentagem de melhora nas vendas: 57,4% dos entrevistados informaram que as vendas aumentaram em até 10%; 7,1% disseram que as vendas de 2015 cresceram entre 11% e 15% melhor; 21,4% registrou crescimento entre 16% e 25%; e 14,1% apontou crescimento entre 26% e 30%.

Em relação à queda nas vendas, 28,5% registraram uma diminuição de até 10%; 7,3% disseram que as vendas caíram entre 11% e 15%; 28,5% tiveram queda entre 16% e 25%; 7,3% informaram que a vendas ficaram entre 26% e 30% menores que 2014 e ainda 14,2% disseram que a vendas caíram mais de 31%. E 14,2% não souberam informar quanto às vendas foram menores.

Greve no transporte coletivo

A greve no transporte coletivo de Blumenau, que durou 13 dias, afetou as vendas no comércio do município. Para 20% dos entrevistados o impacto foi positivo. “Todos que disseram que a greve acabou colaborando com as vendas, são de lojas de bairros, o que não significa que parte delas não sofreu com a paralisação”, afirma Roncaglio.

Para 53,4%, entre lojas do centro e bairros, a greve interferiu nas vendas de forma negativa. “Muitos entrevistados nos contaram que alguns clientes ligavam para informar que não poderiam ir até as lojas pagar o carne. Outros ouviram reclamação dos consumidores pela falta de transporte para ir às compras”, conta o presidente. E parte dos comerciantes, 26,6%, disse que a greve não interferiu nas vendas.

Sobre os gastos que estabelecimentos tiveram com o transporte de funcionários devido à greve, 50% precisaram dar suporte aos colaboradores por meio de vale-combustível ou disponibilizar o carro da empresa para buscar e levar os funcionários.

Contratação x Demissão

Os entrevistados também foram questionados sobre a quantidade de funcionários extras. 23,3% contrataram trabalhadores em dezembro de 2015, mas a maioria são cargos temporários. “Em outros anos era comum verificar que muitos dos trabalhadores contratados permaneciam na empresa, mas diante do atual cenário, as contratações têm sido apenas temporárias para a maioria”, aponta Roncaglio.

Outro dado pesquisado foi sobre a possibilidade de demissão de funcionários. 76,7% disseram que não deve haver demissão nos próximos meses. Entretanto, para 23,3% a possibilidade de demitir funcionários é grande.