Operação Juízo Paralelo III: doleiros e fraude em alvarás judiciais são alvo da Polícia Federal

Ação em três estados, inclusive Santa Catarina, busca coibir lavagem de dinheiro e fraudes em alvarás da Justiça Trabalhista.

Foto: Polícia Federal

A Polícia Federal desencadeou a terceira fase da Operação Juízo Paralelo na manhã desta terça-feira (19/03/24). O objetivo é desmantelar uma estrutura de doleiros envolvida na lavagem de dinheiro para um grupo criminoso que, operando em diversos estados, realizou fraudes em alvarás judiciais emitidos pela Justiça Trabalhista do Rio de Janeiro, especificamente pelo TRT1, usando certificados digitais forjados em nome de juízes.

Nove mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, sendo cumpridos por aproximadamente 40 agentes da Polícia Federal. Os mandados têm como alvos endereços nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina, evidenciando a abrangência interestadual da operação.

Os esquemas fraudulentos envolveram a tentativa de sacar um total de R$ 62 milhões através de alvarás judiciais falsificados, resultando em um dano direto aos cofres públicos de cerca de R$ 4 milhões, já concretizado por meio de saques ilegais. A operação visa recuperar ativos financeiros, além de veículos e bens de alto valor para reparar os prejuízos.

Investigações apontam que a rede criminosa também operou nos estados de Sergipe, Paraná e Santa Catarina, mostrando a extensão de suas atividades ilegais. Esta fase segue as duas anteriores, realizadas no final de 2022 e em meados de dezembro de 2023, reforçando o compromisso das autoridades em combater a corrupção e a lavagem de dinheiro em território nacional.

Os envolvidos enfrentarão acusações por uma série de delitos, incluindo organização criminosa, lavagem de capitais, estelionato qualificado, além de falsidade ideológica e de documento público. As penas, caso somadas, podem ultrapassar os 30 anos de reclusão.