A Operação Downfall foi deflagrada nesta quinta-feira (4/05/23) pela Polícia Federal, Receita Federal e Polícia Civil do Paraná, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional e interestadual de drogas e com ramificações em várias regiões do país.
Hoje, aproximadamente 350 policiais federais, 130 policiais civis e 25 auditores da Receita Federal cumprem 30 mandados de prisão preventiva e 87 mandados de busca e apreensão nos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Goiás e Espírito Santo.
A operação também resultou no sequestro de imóveis, bloqueio de bens e valores nas contas bancárias e aplicações financeiras dos investigados, totalizando um valor estimado em R$ 1 bilhão. As investigações revelaram que a organização criminosa desenvolveu uma complexa estrutura logística para a operação de narcotráfico interestadual e internacional, abrangendo desde a produção da droga no exterior até sua distribuição e exportação.
A maior parte da droga movimentada pelo grupo era destinada aos portos europeus, com atuação predominante na região do Porto de Paranaguá (PR). Foram identificadas diversas apreensões de carregamentos de cocaína e, durante a investigação, foram realizadas prisões em flagrante e apreensões de drogas, totalizando aproximadamente 5,2 toneladas de cocaína.
Os lucros obtidos com essas atividades criminosas também financiavam a expansão da estrutura logística do grupo, a aquisição de aeronaves, barcos, empresas, imóveis e outros instrumentos, além de armas de fogo e munições. Além do esquema de narcotráfico, alguns integrantes também estão envolvidos com outros crimes, como homicídios e tráfico de armas de fogo, munições e acessórios.
As investigações também revelaram que lideranças da organização criminosa empregavam diversas metodologias para ocultar e dissimular a origem ilícita de seus ganhos financeiros e patrimônio. O principal esquema financeiro para promover a lavagem do dinheiro era o investimento no setor imobiliário do litoral de Santa Catarina, envolvendo a aquisição de apartamentos de alto padrão e financiamento de empreendimentos imobiliários com a conivência de algumas construtoras e empresas do setor.
Os investigados na Operação Downfall responderão pelos crimes de organização criminosa, tráfico internacional de drogas e associação para fins de tráfico, com penas que podem chegar a 50 anos de reclusão, além do crime de lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar a 10 anos de reclusão por cada ação perpetrada.
O nome da operação Downfall, que significa queda em inglês, faz alusão à desarticulação estrutural e financeira da organização criminosa.
