OBlumenauense entrevista os deputados federais Jair e Eduardo Bolsonaro

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Cobertura: João Paulo Taumaturgo | Texto final: Claus Jensen

No desfile do último sábado (17), dois políticos de expressão nacional e sempre polêmicos, desfilaram na Rua XV de Novembro com a Centopéia. Os deputados federais Jair Bolsonaro (PP/RJ) e Eduardo Bolsonaro (PSC/SP), vieram a convite de seu amigo catarinense, o também deputado federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB/SC).

Figuras destacadas de oposição ao governo Dilma, o João Paulo Taumaturgo aproveitou para realizar uma entrevista enquanto visitavam o Setor 3, no Parque Vila Germânica, após o desfile. Primeiro falou com o pai, Jair Bolsonaro (PP/RJ).

Jair_Bolsonaro_01OBlumenauense: O que está achando da Oktoberfest?

Jair Bolsonaro: É a primeira vez que venho nesse evento (Oktoberfest) e senti um grande carinho do povo. Vi muita felicidade na rua e agradeço ao convite do Peninha. Parabéns Santa Catarina e Blumenau, por manter essa festa tradicional que leva às origens da colonização do local.

OBlumenauense: Como foi o desfile a bordo da Centopéia?

Jair Bolsonaro: Eu fiquei quase três horas pedalando, e nos meus 60 anos de idade, senti “o peso” da Centopéia. Mas cheguei vivo, são e salvo no destino. Já recuperei meus dois dias de chope.

OBlumenauense: Deputado, como está a situação em Brasília, falando especificamente do Deputado Eduardo Cunha e da Presidente Dilma Roussef?

Jair Bolsonaro: A partir do momento que Dilma Roussef buscou um acordão através do Lula, foi sinal de que ela tem culpa. Tudo indica, não posso afirmar, que lamentavelmente o Eduardo Cunha também tenha alguma culpa no cartório. Dessa forma, nós infelizmente vemos distanciar um pouco nesse momento, a possibilidade do impeachment chegar ao plenário.

OBlumenauense: Mas você ainda tem esperança?

Tenho sim. Porque quem vai tirar Dilma de lá vai ser a economia, infelizmente o povo que ainda vai sofrer muito mais com essa mulher. Mas na minha opinião, eles não vão sair sem antes lançar o Brasil em uma aventura como fizeram nos anos 60.

OBlumenauense: Que mensagem você deixa para quem tem esperança em seu trabalho no congresso?

O retrato da boa aceitação que tenho em qualquer lugar do Brasil, mostra a total ausência de novas lideranças políticas. Sei que o Rio de Janeiro é um pouco longe, mas esses números devem servir como âncora se quisermos sonhar com um Brasil melhor. Paralelamente à isso, a aprovação do voto impresso é importante, caso contrário, o PT fará sua sucessão em 2018.

 

Eduardo_Bolsonaro_01Em seguida, João conversou com o filho, Eduardo Bolsonaro.

OBlumenauense: O que está achando da cidade e da Oktoberfest deputado?

Eduardo Bolsonaro: Sensacional. Nunca tinha vindo e fui convidado pelo Deputado Peninha para conhecer a Oktoberfest. Quando desfilei na Centopéia pela Rua XV de Novembro, senti uma energia super positiva, um clima de família. Muito bom, estou adorando.

OBlumenauense: Como você sentiu a recepção a você e o seu pai, por parte do público no desfile?

Eduardo Bolsonaro: Sempre que nós saímos de nossos estados, eu de São Paulo e meu pai do Rio de Janeiro, somos recebidos de forma calorosa pelas pessoas. Elas nos pedem para tirar fotos, recebemos elogios e conversamos um pouco. Nos sentimos cada vez mais satisfeitos, o que nos dá esperança cada vez mais, de que temos boas chances de ocupar um cargo acima do que ocupamos atualmente.

OBlumenauense: Faz pouco tempo, seu nome esteve em evidência no Congresso Nacional por causa do Prêmio Congresso em Foco. Qual a sua opinião sobre a atuação de Dilma Rousseff e Eduardo Cunha?

Eduardo Bolsonaro: Eu acredito que a situação deles é bem delicada. Entendo que se a cassação de Eduardo Cunha for levada a cabo, ele não cai sozinho. Ele coloca o processo de impeachment de Dilma Rousseff adiante, para que seja apreciado no plenário da Câmara dos Deputados. Todo brasileiro que trabalha e acredita na meritocracia, sabe que a saída de Dilma é o melhor para o futuro do Brasil.

OBlumenauense: O que você espera do Brasil no futuro?

Eduardo Bolsonaro: Eu sou jovem e a gente tem que fazer por onde é possível. Só reclamar é o que não dá. Tanto que é por isso que eu entrei na política, quando pedi apoio para o meu pai e saí como candidato por São Paulo. Quem quer mudanças, tem que correr atrás. Se fosse fácil a situação já estaria bem melhor, com certeza. Eu conheço o povo de Santa Catarina, é trabalhador, preserva sua cultura e tem memória. Com certeza vai ajudar o Brasil a se levantar e virar uma potência mundial.