Por *Katia Demeneck
Frente aos impactos econômicos, desafios tecnológicos e as mudanças sociais que afetam os negócios com tanta velocidade, dentro das empresas há também uma questão importante que tem preocupado: o apagão de lideranças.
Pesquisas realizadas com diretores e CEOs apontam grande insatisfação quando o tema é o desempenho dos líderes, apontados como principais problemas o errôneo foco no curto prazo, a falta de visão sistêmica, barreiras de relacionamento de cliente vs. fornecedor interno, além da grande dificuldade em assumir erros e incapacidade de desenvolver os liderados na equipe.
Os conselhos e técnicas sobre liderança utilizados no passado não estão mais sendo suficientes para as complexidades da atualidade e muitos profissionais promovidos à liderança ainda insistem em continuar na mesma entrega de trabalho de antes, sem assumir verdadeiramente as competências do cargo.
Visão sistêmica sobre o que deve ser feito, clareza sobre o papel frente à equipe, tato na gestão das pessoas e ter percepção macro, da empresa como um todo são os grandes diferenciais dos líderes, que não estão encontrados nem dentro e nem fora das empresas.
Para enfrentar este apagão, a aposta é o desenvolvimento de lideranças, como uma ação contínua e de planejamento estratégico dentro das organizações, com investimento em programas contínuos de aperfeiçoamento.
Bastante significativo para empresas que buscam resultados, o desenvolvimento de lideranças não pode ser visto como modismo desta nova era e sim como um importante recurso. O líder precisa aprender o seu papel e não apenas reproduzir aquilo que apareça como reflexo de sua personalidade. Existem conceitos, ferramentas e táticas para liderar.
Performando assim o papel do líder, ele passará a equilibrar a busca pelos resultados com o bom relacionamento da equipe, conhecer exatamente o que enfrenta, o que deve fazer e sentir-se parte do negócio.
Muitas empresas que adiavam discutir este assunto viram a saúde da empresa ficar debilitada e enfrentaram este apagão, para reverter no reflexo negativo nos indicadores financeiros, na rotatividade de pessoal e no clima organizacional.
Pensar em liderança como um talento a ser desenvolvido é se voltar contra o lado obscuro do caminho. Empresas vencedoras têm sucesso não somente pelas suas ideias e estratégias, mas pela habilidade dos seus líderes.
* Katia Demeneck / Psicóloga, coach palestrante, especialista em desenvolvimento de lideranças e autodesenvolvimento