Número de acidentes de trabalho em Santa Catarina caiu pouco mais de 6% em três anos

Foto: divulgação

 

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Por Aline Dias

Em todo o Brasil, o número de acidentes de trabalho caiu. De 2008 a 2017, a taxa de incidência passou de 22,98 para 13,74 acidentes a cada mil vínculos empregatícios, de acordo com a Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda (SPrev).

Em Santa Catarina, a redução foi de pouco mais de 6%, nos últimos três anos. Os dados são do Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho de 2017 (AEAT), que também aponta que os acidentes de trabalho diminuíram de 38.748, em 2015, para 36.318, em 2017.

Para o especialista em ergonomia e saúde e segurança ocupacional, Fernando Amaral, um dos motivos para a redução dos acidentes de trabalho é o comportamento das empresas, que tem investido, cada vez mais, na saúde e segurança do trabalhador.

“A conscientização, hoje, é maior por parte das empresas. Elas têm uma preocupação já inerente, na maioria dos setores produtivos, de pensar mais no trabalhador, dentro do contexto de trabalhar com saúde e segurança.”

Segundo a engenheira de saúde do trabalho do Serviço Social da Indústria de Santa Catarina (SESI-SC), Amanda Barbosa, ainda é comum que as empresas entendam que saúde e segurança no trabalho é um custo desnecessário. No entanto, o investimento nessa área evita acidentes e doenças de trabalho, diminui os custos com o Fator Acidentário de Prevenção (FAP) e ajuda a empresa a ter um melhor desempenho.

“O trabalhador que se sente mais cuidado e protegido, ele é um trabalhador que vai estar mais engajado com o seu trabalho e consequentemente isso só tende a melhorar a produtividade nesse ambiente.”

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) identificou e encaminhou aos candidatos à presidência uma série de propostas para a modernização previdenciária e da saúde e segurança do trabalhador. Entre as medidas estão a inclusão de metas de segurança e saúde no trabalho para fins de participação nos lucros e resultados das empresas e a participação das empresas na perícia médica do INSS, realizada quando o trabalhador precisa se afastar.