Nada de pedágios nas SCs. Pelo menos por enquanto

 

Por Andréa Leonora | CNR-SC/ADI-SC/SCPortais

Sem infraestrutura, nada de desenvolvimento econômico. É mais ou menos esse o pensamento do governador Carlos Moisés, que tomou posse no cargo na terça-feira (1/01/19). Na tarde desta quarta-feira (2) ele recebeu a imprensa para uma entrevista coletiva e, entre todos os muitos assuntos tratados e anúncios feitos, reforçou por várias vezes que a prioridade de investimentos será na infraestrutura, principalmente nas rodovias estaduais. Todas as ações anunciadas pelo novo governador ao longo da coletiva têm como objetivo gerar caixa para investir no setor.

Ele lembrou que percorreu o estado durante a campanha e que é inegável a situação crítica das SCs. Prejuízos em vidas humanas que se perdem em acidentes, prejuízos também para o setor produtivo, que perde competitividade pela lentidão no transporte de suas cargas. Segundo ele, em todas as regiões ouviu a demanda por manutenção ou ampliação de rodovias, tanto de cidadãos comuns quanto de empresários.

“Não temos tempo”

Questionado sobre a possibilidade de concessão das rodovias estaduais para acelerar as obras necessárias, e consequente instalação de pedágios, Carlos Moisés respondeu que não há tempo. É que o processo de concorrência para a concessão de uma rodovia demora pelo menos dois anos, como confirmou o secretário da Fazenda estadual, Paulo Eli.

Por isso, os recursos terão que vir de diferentes ações, desde o corte de 922 cargos comissionados, até o uso de aplicativo para transporte de secretários, e não mais carros locados; da venda de aeronaves à compra de passagens aéreas diretamente nas empresas, e não mais em agências; da intensificação do uso de pregão eletrônico à criação do Centro de Serviços Compartilhados, do Centro de Gestão de Pessoas e do Plano Anual de Compras; da revisão de todos os contratos vigentes, incluindo os de renúncia fiscal, até o combate rigoroso à sonegação.

Toda economia feita será destinada para a melhoria das rodovias estaduais. A expectativa de Moisés é que, com melhores condições, as empresas ampliem suas atividades e também a competitividade. Com isso, forma-se um ciclo virtuoso, com reflexos no aumento da receita do Estado.