Morreu neste sábado (4) o ator e diretor Hugo Carvana

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Internado no Hospital Pró-Cardíaco desde o último domingo (28), morreu na manhã neste sábado (4) aos 77 anos, o cineasta e ator Hugo Carvana. Ele tinha um câncer no pulmão desde 1996, chegou até a se curar, mas há seis meses a doença voltou a se manifestar. A partir das 9h domingo (5), o  corpo será velado no cemitério Parque Lage, Jardim Botânico, no Rio de Janeiro

Ele nasceu no dia 4 de julho de 1937, em Lins de Vasconcelos, bairro da zona norte do Rio de Janeiro. Filho de uma costureira e um comandante da Marinha Mercant, ele se casou com a jornalista Martha Alencar, e teve cinco filhos: Pedro, Maria Clara, Júlio, e Rita. A sua trajetória artística ficou marcada por personagens com “um quê de malandragem”. Ele começou a sua carreira artística aos 18 anos fazendo figuração para um filme, e depois disso fez 22 chanchadas.

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Repórter policial Waldomiro Pena (Hugo Carvana) no seriado “Plantão de Polícia”exibido entre 1979-1981 na TV Globo.

Muito conhecido pelo grande público pelo papel em novelas, a estréia na televisão foi a convite do diretor Daniel Filho para atuar em “Anastácia, a Mulher sem Destino” (1967), de Janete Clair. O seu último trabalho foi na minissérie brasileira “O Brado Retumbante” (Rede Globo), exibida em Janeiro (17 à 27) de 2012.

Como ator, trabalhou em mais de 30 novelas e 60 filmes desde 1962 até 2013. Carvana assinou a sua primeira direção no filme “Vai Trabalhar, Vagabundo”, de 1973, que lhe o Kikito de Ouro de Melhor Filme, no Festival de Gramado. Os seus últimos trabalhos para o cinema foram as comédias, “Não se Preocupe, Nada Vai dar Certo”, com Gregório Duvivier, Tarcísio Meira e Mariana Rios, e “Casa da Mãe Joana” 1 e 2, com Juliana Paes, Malu Mader e José Wilker, também morto neste ano.

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Filme “Não se preocupe, nada vai dar certo” (2010). Direção: Hugo Carvana. Com Tarcísio Meira, Gregório Duvivier, Hugo Carvana, Ângela Vieira, Flávia Alessandra, Herson Capri, Antonio Pedro, Mariana Rios. 99 min.
Durante a novela 'Três irmãs', de 2008 (Foto: Fabrício Mota/TV Globo)
Durante a novela ‘Três irmãs’, de 2008 (Foto: Fabrício Mota/TV Globo)

Política

O golpe dos militar de 1964, fez de Hugo Carvana um militante político. Ele freqüentava as reuniões do grupo de teatro Opinião, cuja característica era resistência à ditadura. No grupo encontrou pessoas politizadas e viu na arte o seu poder como função social. Na década de 1980, atuou intensamente na campanha Diretas Já.

Mais uma grande perda para a arte brasileira. Mas aos 77 anos, ele registrou o seu nome na história do teatro, cinema e televisão.