Morre de Covid-19 aos 59 anos, Paulo Magro, presidente da Chapecoense

Ele estava internado na UTI lutando contra a doença desde o dia 18 de dezembro.

Foto: Márcio Cunha [Chapecoense]

Desde o dia 18 de dezembro, Paulo Magro, presidente da Chapecoense, lutava contra as complicações da Covid-19 na UTI do Hospital da Unimed, em Chapecó (SC). Nesta quarta-feira (30/12/20), ele não resistiu às complicações da doença e veio a falecer.

Magno tinha 59 anos e ocupou por aproximadamente duas décadas cargos de gerência em duas agroindústrias da cidade, de onde também era natural. Ele preside o Conselho Administrativo da Chapecoense desde agosto de 2019. Na sua gestão, o clube conseguiu vencer o Campeonato Catarinense e retornou à Série A do Campeonato Brasileiro.

Em julho deste ano, o time teve um surto interno de Covid-19, quando 14 atletas positivaram. Com isso, tornou-se um dos primeiros clubes do Brasil a ser afetado pelo vírus.

O Clube escreveu nas redes sociais:

Se tivéssemos que escolher uma palavra para descrever Paulo Ricardo Magro, seria coragem. Foi com e por ela, afinal, que o presidente assumiu o comando da Chapecoense no momento em que o clube era desacreditado pela maioria. Mas não por ele: Paulo, que nunca teve medo de trabalho, arregaçou as mangas e, de forma incansável, tratou de se tornar o autor de mais um capítulo de reconstrução da nossa história.

Ele nos devolveu a esperança. Fez com que acordássemos, diariamente, crentes na existência de dias melhores e renunciou de muitas coisas para garantir que eles chegassem.

Por tudo isso – pelas palavras de sabedoria quando muitos calaram, pela fé inabalável quando muitos duvidaram e por provar, todos os dias, o poder revolucionário do simples ato de amar a Chapecoense, Paulo merecia, mais do que qualquer pessoa, assistir às nossas conquistas e participar da colheita dos frutos da sua confiança, da sua persistência, do seu trabalho.

Quisera o destino, no entanto – em mais uma das suas peças inexplicáveis e carregadas de incredulidade – que a partida de Paulo acontecesse muito antes do apito final. Ele não estará fisicamente presente quando, finalmente, pudermos nos abraçar para celebrar a conquista dos nossos objetivos. Mas sabemos que, agora, Paulo nos acompanhará das arquibancadas de um lugar melhor, ao lado de pessoas que, outrora, nos inspiraram e permitiram que sonhássemos alto e, principalmente, acreditássemos no nosso poder de realizar.

Daqui pra frente, mais do que nunca, a nossa força vem de cima e as nossas conquistas serão por você.

Muito obrigado, Paulo. Pra sempre presidente.