Às 6h15min desta quarta-feira (23/8/17), foram os últimos suspiros de vida da jornalista Francielle Furtado Ferreira, no Hospital Santa Catarina, em Blumenau. A jovem de 31 anos, apaixonada por jornalismo, teve passagens pela Rádio Nereu Ramos, RIC Record, BAND e TV Galega, estava trabalhando no últimos 3 anos no Testo Notícias de Pomerode.
Francielle foi vítima de um câncer e desde os primeiros meses de 2017, passou mais tempo no hospital do que em casa. O site Testo Notícias escreveu em sua rede social: “Exausta, dizia que queria viver. Não seria justo dizermos que ela nos deixou, que ela pendurou as chuteiras. Mesmo estando em outro lugar agora, e mesmo não sofrendo mais, Fran nos ensinou muitas coisas. Ela nos mostrou que tudo é possível se tivermos vontade, que vencemos nossas batalhas diárias se lutarmos com todas as nossas forças”. Vencer o câncer nunca é fácil.
A diretoria da Associação de Imprensa do Médio Vale do Itajaí (Assimvi) emitiu uma nota de pesar, registrando a tristeza de todos os colegas da imprensa, já que ela era diretora e delegada da associação em Pomerode. O velório acontece a partir das 15h na Paróquia São Ludgero, próximo da prefeitura de Pomerode. Já o sepultamento, será às 9h de quinta-feira (24) no Cemitério Municipal da cidade.
Em seu perfil de Facebook, escreveu um pequeno desabafo às 23h08min do dia 1º de julho. Ele descreve o que talvez muitos que enfrentam o câncer passam e vale a pena registrar:
“Hoje não tem foto, não tem “diário”, não tem relato dos últimos dias. Mas hoje tem um pouco de reflexão. Prometo que é pouco mesmo, pq ninguém precisa e quer ler textão a essa hora da noite, não é?! Não é justificativa, não é indireta, não é mensagem destinada a ninguém. É pura e simplesmente reflexão. Tive vontade de escrever… Ponto final! Se eu conseguir, gostaria de plantar uma sementinha no coração e na cabeça de cada um que tirar um tempo lendo esse “desabafo reflexivo”! Aí vai (sem lamentação, sem tristeza, sem “mimimi”, mas com MUITA verdade): Câncer, minha gente, não é contagioso. Não se “pega” ou “contrai o vírus” do câncer. Os portadores dessa doença continuam sendo tão humanos como sempre fomos. Câncer não “passa” em beijo, abraço, aperto de mão. Não passa pra pessoa que respirar ou sentar ao lado de quem tem. O câncer não torna a pessoa repugnante. Repugnante é quem acha que essa doença tão cruel é transmissível!”
Nós de OBlumenauense, registramos nosso profundo pesar e estendemos nossos sentimentos a todos os familiares e amigos.
