Ministério Público de SC denuncia 23 pessoas por lavagem de dinheiro do jogo do bicho

Prédio da DEIC em Florianópolis | Foto: divulgação
Prédio da DEIC em Florianópolis | Foto: divulgação

 

Organização criminosa que explorava jogos de azar tinha núcleos em Araranguá, Criciúma e Tubarão e foi desmantelada pela “Operação Castelo de Cartas”, deflagrada pela DEIC em dezembro do ano passado.

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) apresentou denúncia contra 23 pessoas pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro proveniente do jogo do bicho. Os denunciados foram investigados pela “Operação Castelo de Cartas”, deflagrada pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) em dezembro do ano passado.

A denúncia foi apresentada pela 4ª Promotoria de Justiça de Araranguá e relata que a organização criminosa atuava nos três principais Municípios do Sul do Estado: Araranguá, Criciúma e Tubarão. Segundo a denúncia, a lavagem do dinheiro ocorria por meio de empresas de fachada e pela aquisição de imóveis e veículos em nome de laranjas.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Promotor de Justiça Marcio Gai Veiga, a organização era liderada por um banqueiro a partir de Tubarão, de onde mantinha conexão com os núcleos de Araranguá e Criciúma, esta última dividida em três subnúcleos.

Também foram denunciadas, pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, as pessoas que, mesmo sabendo da origem ilícita dos valores, emprestaram seus nomes para a abertura de empresas, registro de imóveis, compra de veículos ou movimentação bancária. Além disso a organização tinha um contador, que era encarregado de prestar assessoria quanto a dissimulação e ocultação de bens provenientes de infrações penais.

Ao apresentar a denúncia, o Promotor de Justiça se manifestou pelo perdimento de todos os bens bloqueados, inclusive das empresas utilizadas para a lavagem de dinheiro – que desde já devem ter suas atividades suspensas. Manifestou-se também pela conversão de valores e bens móveis e imóveis adquiridos com recursos ilícitos em favor do Fundo de Melhoria da Polícia Civil. A denúncia ainda não foi avaliada pelo Poder Judiciário. Se aceita, os denunciados passam a réus em ação penal.

Confira os nomes no site do Ministério Público de SC.

(Ação n. 0000578-15.2017.8.24.0004)