Por Patrícia de Melo
Adquirir uma residência é um sonho comum entre os brasileiros. Ter a casa própria, no entanto, requer alguns cuidados. Para proteger o patrimônio contra imprevistos, o seguro residencial registra crescimento no país. Com apólices que cobrem desde grandes danos até pequenos reparos, os valores para contratação desse tipo de serviço são atraentes.
Mesmo com um ano de retração na economia, os brasileiros resolveram investir em prevenção, reforçando o mercado de seguros residenciais que deve registrar crescimento de 9% neste ano. “O investimento em um seguro residencial é de fundamental importância para o nosso dia a dia, pois não só nos ampara em suas garantias básicas, como incêndio, vendaval e roubo, mas em assistências 24 horas que faz com que o segurado tenha praticidade e conforto no momento em que mais precisa. Normalmente, a fatia da sociedade que possui seguro residencial, o adquiri pelo medo das incidências de roubo e furto de seus bens, mas a crescente exposição aos fenômenos naturais e seus impactos no clima, vem aumentado a procura pelo produto. Hoje já é capaz de contratar um seguro residencial com valores inferiores a R$0,99 ao dia, e manter seu patrimônio em segurança”, explica o Especialista em Seguros da Unicred SC/PR, João Batista Vieira.
Porém, apesar de atrativo e cada vez mais comum, muitos ainda desconhecem esse tipo de serviço. O valor a ser pago para a contratação do seguro é, em média, de R$ 350 ao ano, bastante inferior ao que se paga para a proteção, por exemplo, de um veículo. O cálculo da apólice é feito com base no custo aproximado de reconstrução do imóvel, considerando o valor por metro quadrado, de material de construção e mão-de-obra, e não no preço de venda do imóvel.
“Hoje no Brasil, menos de 20% das residências possuem seguro. No seguro de automóvel a taxa possui uma variação entre 5 e 20% do valor do carro, e no seguro residencial fica entre 0,1% e 0,3% sobre o valor do imóvel. A principal diferença para confecção da taxa do seguro automóvel e o residencial é o tipo de exposição ao risco que o bem segurado apresenta. Por exemplo, enquanto o seguro automóvel é levado em consideração algumas variáveis como idade, modelo do veículo, local que costuma estacionar, sexo do condutor, localização da moradia, entre outros, o seguro residencial considera o valor para reconstrução do imóvel , o tipo de propriedade, os bens segurados, a localização de residência, ou seja a forma de exposição ao risco é diferente”, orienta João Batista. O ideal é contar com o apoio de um profissional especializado para dar suporte às possíveis dúvidas que surjam, como o gerente de uma cooperativa de crédito.
É possível contratar um seguro residencial tanto para imóveis habituais, quanto para de veraneio ou desocupados. As coberturas podem incluir, por exemplo, danos causados por incêndios, vendavais e explosões, com coberturas gratuitas para pequenas assistências, com vidraceiros e eletricistas.
“Basicamente, o seguro residencial ampara em casos de reconstrução do imóvel, reposição ou reparo de bens e até em responsabilidades civil familiar, mas o mesmo só pode ser reclamado diante da Seguradora quando houver algum prejuízo em razão das coberturas contratadas. Para pequenas reformas que não envolveram sinistro, algumas seguradoras fazem apenas indicação de profissionais para realização do serviço, sem amparar no custo envolvido. Além disso, é composto por uma série de assistências que dão comodidade em momentos de emergência como chaveiro, eletricista, encanador, bem como, conserto de linha branca, substituição de telhas, caçamba, limpeza após sinistro, entre outros diversos serviços”, esclarece João Batista. Outro ponto importante para quem pretende buscar esse serviço é avaliar a inclusão de eletrodomésticos e outros objetos de valor no contrato.
Já a franquia, que deve ser paga em casos de sinistros como vendavais e danos elétricos, é acertada no momento da contratação e pode ser parcelada em até 10 vezes.