Por Claus Jensen
Neste domingo (10/05/20), em que comemoramos o Dia das Mães, perguntamos a cinco delas sobre o que significa esse missão em suas vidas. Também achamos interessante conhecer quais valores procuram passar aos seus filhos, e como sentem a diferença em relação a forma com que foram educadas pelos seus pais.
Quitéria Tamanini Vieira Péres
Uma das mães é Quitéria Tamanini Vieira Péres, juíza titular da 1ª Vara Cível da Comarca de Blumenau. A magistrada de 48 anos nasceu em Umuarama (PR) e veio com a família em 1974 para Timbó (SC), onde moraram por 10 anos, antes de vir para Blumenau.
Para ela, ser mãe é amar incondicionalmente, desejando que o melhor aconteça para seus filhos e fazendo todo o possível para contribuir com isso. “Uma parte da tarefa é ensiná-los a desempenharem sozinhos e a outra caberá somente a eles”, lembra a juíza.
Questionada sobre os valores que passa aos quatro filhos, ela disse que é “A sinceridade com os outros e a autenticidade para consigo mesmos. Estes dois valores associados garantem que sejam fiéis à sua essência, pois nela está a concentração de tudo o que precisarão para enfrentar os desafios da vida e alcançar a felicidade”.
Em relação a forma com que foi educada e se mudaria algo, “Não me considero melhor em nada, pois tenho a convicção de que minha mãe fez com amor tudo o que estava ao seu alcance pelo que sou, e serei grata para sempre. A realidade de hoje, por sua vez, traz novos desafios, diferentes do que ela enfrentou, porém, com o mesmo amor legado, acredito que igualmente farei o melhor que eu puder para que eles façam o mesmo, por eles e pelos filhos que vierem a ter”.
Daisy Cipriani
A empresária Daisy Cipriani é sócia do Braseiro da Vila, tem 42 anos, e é mãe da Lara, de 12, e da Catarina, de 4. A rotina de um restaurante que funciona principalmente nos fins de semana faz que se divida em vários momentos entre o trabalho.
“Ser Mãe é ter a certeza de que se tem um ou mais corações pulando fora do peito! É amar e ser amada sem medidas. É saber que nunca mais você vai dormir uma noite inteira sem acordar e mesmo assim saber que acordar e ver os filhos dormindo não tem preço”, disse Daisy.
Na forma de educar, ela procura sempre mostrar às filhas que toda ação gera uma consequência ou reação, e uma atitude positiva é melhor que qualquer coisa negativa. “Temos sempre que fazer o bem, porque é isso que vai nos retornar. SER é muito mais gratificante que o TER. Minhas filhas tem um coração gigante, sabem a importância desse sentimento”.
“Adoro deitar com elas para dormir a noite. A Lara, com quase 13 anos, adora sentar e conversar sem pressa. Já a Catarina, gosta muito das corridas que fazemos aqui no sítio ou alguma brincadeira ao ar livre. Nós gostamos do que é simples”, destaca.
Daisy lembra com carinho de sua mãe, Dona Dalvina, uma pessoa exemplar e muito amorosa com a família. O pai morreu muito cedo, deixando com ela o papel de criar e educar Daisy e sua irmã. “Nunca nos faltou nada, e se faltou, não me lembro. Ela sempre colocou muito amor em tudo que fazia. É o que faço também. Não me sinto só mãe das minhas filhas, mas também dos meus irmãos e sobrinhos!”.
Beatriz Guenther
Para a consultora e autora Beatriz Guenther, de 52 anos, a maternidade foi um presente e grande oportunidade de se confrontar amorosamente com partes que desconhecia si mesma. Seu filho já tem 24 anos, e a filha, 22.
“Sempre procuro passar a importância do respeito, a inclusão e de falar a verdade. Entendo que cada um esteja dando o seu melhor, com a sabedoria que tem naquele momento e alinhada à sua visão sobre o fluxo da vida”, comentou Beatriz sobre os valores que passou para eles.
Ela destaca coisas que são a base e sempre serão atuais, como “por favor e obrigada”, detalhes que se ajustam aos tempos e necessidades atuais. “Reconheço que tanto a educação, quanto a nutrição ou comunicação, o reconhecimento, a repreensão são diferentes das que eu recebi. Mas também são diferentes da que nossos pais receberam e também será diferente das que meus filhos repassarão à seus filhos”, finaliza.
Denise Maas Vieira
Denise Maas é Diretora da EBM Visconde de Taunay, especialista em biologia marinha, gestão Ambiental e gestão escolar. “Ser mãe foi o melhor presente da vida. Os valores que sempre passamos as nossas filhas, valorizar e respeitar as pessoas com suas diferenças, o estudo com dedicação. Fazer as coisas com amor e determinação, ser persistente, valorizar a família e acreditar num ser superior, ter fé em Deus”, comentou.
Maas sempre lembra que só com trabalho e determinação conseguimos conquistar e ter sucesso. Além disso, ser ousado e gostar de desafios.
“Minha educação foi baseada no medo e na insegurança, nossa família sempre foi bem complicada. Eu e meu marido sempre tivemos muita abertura e cuidado com nossas filhas. Elas são maravilhosas”.
A filha Gabriela tem 30 anos, é personal trainer, técnica do paradesporto, preparadora física do basquete feminino de Blumenau, corredora e uma pessoa super dedicada. Já a publicitária e redatora Maria Fernanda é dois anos mais velha, e mora em Adelaide, na Austrália.
“Sou uma mãe feliz e realizada, elas realmente aproveitaram todas as oportunidades que lhes foram oferecidas”, finaliza a educadora.
Cristiane Wollinger de Braga
Oliver, o primeiro filho da empresária Cristiane Wollinger de Braga, nasceu em março deste ano. Nestes primeiros 51 dias, a sensação de ser mãe é algo surreal para ela. “O amor que sinto pelo meu filho não é possível descrever ou falar. É mágico. Assim como ele está aprendendo o que é o mundo aqui fora, eu vou aprendendo e sentindo o significado de ser mãe, uma palavra tão pequena e com tanto significado”.
Cristiane quer que Oliver seja ele mesmo, tenha orgulho de quem é e seja capaz de realizar todos os seus sonhos. “Quero que ele transmita amor e empatia a todos a sua volta, tenha respeito com o próximo e com ele mesmo. Se eu puder dar ao meu filho a educação que meus pais puderam me dar, estarei muito feliz e realizada”, finaliza.