A noite de 24 de novembro de 2019 parecia promissora para os convidados que se reuniram nos jardins de uma casa em Blumenau, Santa Catarina. Porém, o que era para ser uma confraternização tranquila logo se transformou em um pesadelo.
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina manteve a condenação de um homem que, a partir de um desentendimento naquela noite, perdeu o controle da situação. Naquele dia, um dos convidados exibia orgulhoso uma arma que trazia em sua cintura. Quando um dos presentes pediu para que ele guardasse a arma, o clima começou a ficar tenso.
Com a arma em punho, o homem ordenou que a vítima ajoelhasse e disse, em frente a todos os outros convidados que iria atirar. Aterrorizados, eles não sabiam que se tratava de uma arma de pressão, e não de uma pistola verdadeira. A Polícia Militar foi acionada e exigiu que o homem entregasse a arma e levasse as mãos à cabeça.
Contrariando as ordens, o homem jogou a arma no chão e fugiu para dentro da casa, mas foi rapidamente capturado pela guarnição. Ainda assim, resistiu à prisão com violência física e verbal, sendo necessário o uso da força para contê-lo. Para piorar a situação, identificou-se como Oficial do Exército, algo que jamais foi. Neste momento, os agentes descobriram outra arma de pressão em sua cintura.
O juiz condenou o réu a oito meses e 22 dias de detenção, em regime semiaberto, além do pagamento de multa. Insatisfeito, o homem recorreu ao Tribunal de Justiça, alegando falta de provas suficientes. No entanto, a desembargadora relatora da apelação confirmou a materialidade e autoria dos crimes, com base em depoimentos e provas apresentadas.
Dessa forma, a condenação foi mantida, e o entendimento da desembargadora foi seguido pelos demais integrantes da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. O que era para ser uma noite de celebração acabou se tornando um pesadelo para todos os envolvidos.