As famílias pagaram taxas de juros mais altas em janeiro. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (25/02/21) pelo Banco Central (BC), de acordo com as Estatísticas Monetárias e de Crédito. A taxa média de juros para famílias no crédito livre chegou a 39,4% ao ano.
Segundo o relatório o aumento foi, em parte, influenciado pelo crédito pessoal não consignado. O índice teve alta de 10,9% no mês. Os juros do crédito consignado caíram 0,3%. A taxa do cheque especial chegou a 119,6% ao ano em janeiro, resultando em um aumento de 4% em relação a dezembro de 2020.
Os juros médios do rotativo do cartão de crédito também foram fatores que influenciaram a alta do crédito para as famílias. A taxa chegou a 329,3% ao ano, com alta de 1,5% em janeiro. No caso do rotativo regular (quando o cliente paga pelo menos o valor mínimo da fatura) a taxa chegou a 311,7% ao ano, um aumento de 9,8%. Já a taxa do rotativo não regular (dos clientes que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura) caiu 5,5% em relação ao mês anterior e chegou a 342,2% ao ano.
O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. O crédito rotativo dura 30 dias. Após esse prazo, as instituições financeiras parcelam a dívida. Nesse caso, no cartão parcelado, a alta foi de 12,6 %, com a taxa de juros ficando em 161,5% ao ano. De maneira geral, segundo o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, a alta dos juros também ocorreu em razão do aumento das taxas pelos bancos.
Inadimplência e saldo
A inadimplência (considerados atrasos acima de 90 dias) das famílias, no crédito livre, caiu 0,1%, indo para 4,1%, informou o Banco Central. Em janeiro, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos ficou em R$ 4,020 trilhões, estável em relação a dezembro e com expansão de 16% em 12 meses. Esse saldo do crédito correspondeu a 54,1% de tudo o que o país produz – o Produto Interno Bruto (PIB).
Via Agência Brasil