Nesta quinta-feira (6/06/19), a juíza Camila Murara Nicoletti, da comarca de Gaspar (SC), emitiu a sentença de pronúncia com a decisão de que Evanio Wylyan Prestini, de 31 anos, irá a júri popular e também ficará preso até o julgamento. “A situação de o acusado ser réu primário, possuir residência e emprego fixos não é suficiente para modificar a necessidade de sua segregação provisória, até porque não serão esses elementos que o inibirão de reiterar a prática criminosa”, disse a juíza.
O acusado irá a júri popular e responderá duas vezes pelo crime de homicídio consumado e três vezes por homicídio tentado, além do artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro, conduzir o veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool.
Na decisão assinada às 16h35min, a magistrada nega o pedido feito pelos advogados do acusado para que ele aguardasse o julgamento em liberdade. A defesa do motorista requereu ainda desclassificação dos delitos capitulados no Código Penal para aqueles de homicídio culposo e de lesão corporal culposa, ambos previstos no Código de Trânsito Brasileiro e pleiteou a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares. As alegações foram negadas pela magistrada. Sobre a prisão, segundo a juíza “remanescem íntegros os fundamentos lançados nas decisões que apreciaram os pedidos de prisão e de revogação da prisão preventiva”.
A defesa tem cinco dias para recorrer da decisão e a data do júri ainda será definida. Prestini é acusado de causar o acidente que tirou a vida de Amanda Grabner Zimmermann, de 18 anos, e Suelen Hedler da Silveira, de 21. O motorista se envolveu na colisão entre seu automóvel Jaguar e um Fiat Palio com cinco mulheres. O teste do bafômetro aplicado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) acusou 0,72 miligrama de álcool por litro de ar expelido.
A colisão frontal deixou outras três pessoas feridas, uma gravemente, que ainda se recupera. O acidente aconteceu por volta das 6h do dia 23 de fevereiro de 2019, na BR-470, em Gaspar (SC). A prisão em flagrante foi convertida para preventiva, e desde então Evânio está preso no Presídio Regional de Blumenau. Os advogados de defesa já pediram a revogação da prisão, sempre negada pela Comarca de Gaspar.