Integração entre Bombeiros e Samu avança para novas etapas

Foto: Tiago Mortiz / CBMSC
Foto: Tiago Mortiz / CBMSC

 

Anunciado em setembro do ano passado, o serviço de atendimento pré-hospitalar em Santa Catarina de forma integrada e única entre Bombeiros Militares e Samu vem passando por transformações significativas no Estado.

Na sexta-feira (16/03/18), uma avaliação do novo processo foi feita entre o secretário de Segurança Pública, Alceu de Oliveira, o comandante do Corpo de Bombeiros Militar, coronel João Valério Borges, o gerente do Serviço Médico de Urgência (Samu), coronel João Batista Cordeiro, e a superintendente de Serviços Especializados de Regulamentação da Secretaria da Saúde, Karin Geller.

A primeira grande mudança e que está em andamento foi a unificação das sedes físicas de atendimento. Das 23 sedes alugadas do Samu, apenas em quatro municípios ainda não foi feita a migração para uma sede única: São Miguel do Oeste, Itajaí, Canoinhas e Mafra. Destes municípios, três, em cerca de 30 ou 60 dias, farão a migração para os quartéis do Corpo de Bombeiros dessas cidades. Com exceção de Mafra, onde está sendo construído um novo quartel e as obras ainda vão levar mais tempo para ficarem prontas – estimativa é até o fim deste ano.

Criação de central única de regulação

Outra novidade é o lançamento de edital para contratação de empresa que fará a integração das centrais de regulação em uma única central. O edital será lançado até o próximo mês. A gestão do serviço de atendimento pré-hospitalar será feita integralmente pelo Estado. A empresa licitada fornecerá insumos e contratação de pessoal, além da integração técnica do sistema.

Com a completa integração dos serviços, a pessoa vai ligar para o Samu ou para o Corpo de Bombeiros e receberá uma viatura e uma equipe especializa que a atenderá de acordo com a necessidade apontada. “Nosso foco continua sendo a melhoria do serviço prestado para o cidadão mas essa integração é gradativa e não acontece de uma hora para outra. Há questões técnicas e legais que estamos vencendo e construindo gradativamente”, explica o coronel BM João Batista Cordeiro Junior, gerente do Samu no Estado.

Melhora na qualidade do atendimento

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel BM João Valério Borges, também vê como benéfica a integração do serviço de atendimento pré-hospitalar. “Para nós bombeiros militares a criação de um serviço único também significa a especialização do serviço. Bombeiros e profissionais da saúde nas ruas já vêm há bastante tempo trabalhando em parceria no socorro das pessoas. Mas, passando a trabalhar de maneira integrada, a qualidade do atendimento tende a melhorar ainda mais”.

A superintendente da Secretaria da Saúde, Karin Geller, disse que o novo modelo de atendimento será exemplo para o Brasil. “De um lado tínhamos o serviço prestado por uma unidade de saúde, que é o Samu, regulado pelo Ministério da Saúde, de outro, tínhamos o atendimento prestado pelo Estado, por meio da Secretaria da Segurança Pública e do Corpo de Bombeiros. Agora, unindo os dois e suplantando cada fase da integração, teremos um serviço de mais qualidade para ambos”, disse.

Treinamento dos profissionais da SSP em reanimação cardiorrespiratória

Durante o encontro, a Secretaria de Estado da Saúde, por intermédio do Samu, repassou à Secretaria da Segurança Pública, três equipamentos de desfibrilação cardíaca. Empregados em situações de emergência cardíaca, que atualmente é a principal causa de mortes em adultos no mundo, os aparelhos serão distribuídos em cada torre do complexo da segurança pública para atender profissionais ou pessoas das imediações que sofrerem paradas cardíacas. Funcionários da SSP que se voluntariarem serão treinados pelo Samu para operarem os equipamentos.

O secretário da Segurança Pública, Alceu de Oliveira Pinto Junior, agradecendo a doação dos equipamentos e o treinamento oferecido aos funcionários da SSP, disse que o preparo dos servidores públicos em técnicas de reanimação cardiorrespiratória e para uso dos desfibriladores, será fundamental para salvar vidas.

Por Krislei Oechsler, da CBMSC