Na manhã deste domingo (18/9/16), foi inaugurada a praça Luana Sofia Eger no Cemitério São José, localizado na Rua São José, Centro de Blumenau. O nome homenageia a primeira vítima fatal da tragédia de 2008, que matou 135 pessoas em toda Santa Catarina, a maioria no Vale do Itajaí.
A administração do cemitério quer transformar o local em um marco municipal da tragédia, para as pessoas visitarem e refletirem sobre tudo que vivemos naquele período. Luana tinha apenas 3 anos quando morreu soterrada após um deslizamento sobre a casa em que morava na Rua Araranguá, bairro Garcia. Ela também foi a última pessoa a ser sepultada nessa área do cemitério, que precisou ser removida depois que parte desabou por causa dos deslizamentos.
No total, foram realocados mais de 214 jazigos e o terreno foi todo recuperado, mas por questões legais, não podia ser mais usado para sepultamentos. A área em frente da praça foi transformada em estacionamento.
Uma missa celebrada pelo Padre João Bachmann encheu o auditório do Memorial Frei Edgar Albert Franz Weist. O dia estava chuvoso e a inauguração contou com a presença do presidente do Cemitério São José, Alcione Alvim da Silva e o administrador José Norbey Zuluaga.
O espaço tem toda uma simbologia. A cor branca predomina com a intenção de potencializar a verdadeira luz. O branco bruto nas pedras que revestem o piso onde se caminha, representa o mundo terreno. O branco polido no revestimento da Santa Cruz e no Velório, são elementos simbólicos de interação com o Supremo. O banco preto em formato de cruz no solo e o pórtico em concreto bruto representam as asperezas do ser humano que devem ser constantemente lapidadas até se tornarem polidas tais como a Santa Cruz e a luz que emana do Velário.
Fotos: Greice Vogelbacher
