Idosa aciona PM e acusa homem de estupro, sequestro e cárcere privado, em Blumenau

Ele teria dito aos policiais que morava há dois meses nos fundos da residência e mantinha uma relação conjugal com a vítima. O homem apresentava sinais de embriaguez.

Foto: PM de Blumenau

A Polícia Militar foi acionada às 5h41 desta quinta-feira (28/10/21) para atender uma ocorrência de ameaça na Rua Tomé de Souza, no bairro Vila Nova, em Blumenau. No local, conversou com uma mulher de 66 anos que estava bem nervosa.

Ela disse que foi mantida presa por mais de quatro horas por um inquilino que mora na parte de baixo de sua residência, onde teria sido forçada a manter relação sexual mediante grave ameaça. No local mora um homem de 37 anos, que teria usado um alicate e uma pá para garantir que não fugisse.

A vítima tinha um hematoma no ombro direito, que segundo ela, foi causado por uma mordida do homem durante o ato sexual. De acordo com a PM, em nenhum momento a mulher relatou que mantinha algum relacionamento conjugal com ele.

O homem foi encontrado no quintal do imóvel com uma pá nas mãos. Ele disse aos policiais que mora há dois meses nos fundos da casa dela e mantinha uma relação conjugal e sexual consensual durante este período.

A guarnição percebeu que o homem tinha odor de ter ingerido bebida alcoólica e estava com os olhos avermelhados. Os policiais também conversaram com o filho da mulher que estava na casa jogando videogame e usava um fone de ouvido. Por isso não viu e nem ouviu nada.

A pá e o alicate que teriam sido utilizados no crime foram apreendidos pela Polícia Militar. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado para prestar atendimento à mulher que foi conduzida para o Hospital Santo Antônio.

A Central Regional de Emergência da Polícia Militar entrou em contato com o IGP (Instituto Geral de Perícias), mas teria sido informada pelo agente que não iriam até o local. O exame de corpo delito deve ser realizado na vítima pelo médico no IGP e para fazer a perícia no imóvel seria necessário enviar um ofício para a Polícia Civil.

Segundo a PM, também foi contatada a Delegacia de Polícia de Proteção à Mulher, à Criança e ao Adolescente. O plantonista anotou as informações da vítima e o endereço, depois faria os procedimentos para providenciar a guia de exame de corpo de delito e se deslocaria ao hospital.

O homem recebeu voz de prisão em flagrante e foi encaminhado ao IGP para realizar o exame de corpo de delito. Em seguida, ele foi conduzido à delegacia de Polícia Civil para os procedimentos legais.