Em 1980 foi onde tudo começou. As equipes de Nefrologia e de Urologia do Hospital Santa Isabel idealizaram e realizaram o primeiro Transplante Renal, anos depois, na manhã de quinta-feira 22/01/2015, chegam ao milésimo transplante.
A equipe que realizou o procedimento foi composta por oito profissionais, dentre médicos cirurgiões Dr. José Carlos Arenhart e Rodrigo Monnerat, médicos anestesiologistas Marcus Vinícius Campos Rosa e Lívia Carolina Paulino Bazan, enfermeiro Diego Augusto de Lima e técnicos de enfermagem Luis Nilson Moreira, Vanilza Noemia dos Santos Vieira e Cristiana Antunes de Lima.
O procedimento durou cerca de duas horas devolvendo a dona Lívia de São Bento do Sul, de 51 anos, motivos para voltar a sorrir. Tudo isto foi possível pelo gesto nobre presente no ato de doar da família de um doador de 53 anos de Joinville, vítima de um AVC.
Segundo o esposo, Sr. Odemar, Dona Lívia fazia hemodiálise há 04 anos, três vezes por semana durante 4 horas. Ela sofria muito, tinha dias que ficava de cama, mas tendo sempre muita força e jamais desistindo de lutar pela vida. Ele conta que quando soube que precisavam vir para Blumenau para iniciar os preparativos para o transplante levou um susto, mas ficou muito feliz pela esposa. “Agradeço em nome de toda minha família pela doação de órgãos desta pessoa que infelizmente nos deixa, mas que ajudou a salvar vidas!” E finaliza: “Estamos casados há 33 anos e sei que daqui para frente é vida nova, muito melhor do que antes, junto de nossos três filhos. Desejo de coração muita saúde para família do doador!”
O Hospital Santa Isabel é referencial nacional em transplantes, atendendo os 293 municípios catarinenses, inclusive pacientes oriundos de outros estados do Brasil. Além de transplantes renais a instituição realiza transplantes de fígado, coração, córneas, pâncreas, pâncreas-isolado e rim-pâncreas.
Ao ser entrevistado no final do procedimento Dr. José Carlos Arenhart, chefe do serviço de transplantes dedica o milésimo transplante a toda a equipe multidisciplinar comprometida desde os primórdios quando tudo era muito mais difícil do que nos dias de hoje e principalmente a todas as famílias doadoras, pois sem a doação nenhum transplante acontece, nenhuma vida é salva.
Dr. Rodrigo Monnerat muito feliz completa afirmando: “É para nós um orgulho e satisfação ver o paciente sair de uma maca de hemodiálise para viver uma vida praticamente normal, isto nos motiva!”
Citando os dados da Renal Vida, por exemplo, presente em 45 municípios do Vale do Itajaí só em suas unidades são mais de 600 pacientes em hemodiálise, gerando quase 8.000 sessões de hemodiálise mensais. Somente na lista de espera da associação, 160 pessoas esperam por um Rim.
Por isto o reforço e o apelo pela doação de órgãos, um gesto de amor, e um sim pela vida que alimenta os sonhos de milhares de brasileiros.
Para ser um doador de órgãos não é necessário documentar o desejo, apenas converse com sua família, deixe claro a sua opção e ela será respeitada. Só a família pode autorizar a doação.
O avanço dos transplantes no Brasil é resultado de um povo consciente, de profissionais altamente capacitados e comprometidos a salvar vidas. São vidas trabalhando pela vida. O dia de hoje deve ser respeitado. Um agradecimento especial vai para todas as famílias que disseram SIM!