O blog do Jaime divulgou esta noite, um post onde a Lucimar Nunes pediu para noticiar que estava no Hospital Santo Antônio às 21h e não havia pediatra. O último atendimento por este tipo de especialista, havia sido neste domingo (9/03) às 19h e o próximo será somente na segunda-feira às 7h da manhã. O atendente do pronto-socorro, informou que no momento, todo tipo de atendimento médico está sendo feito por um clínico geral.
Mas pelo jeito, não adianta recorrer ao outro hospital que atende pelo SUS em Blumenau. A situação no Hospital Santa Isabel era exatamente a mesma naquele momento. Sem um médico especializado, o problema é a demora no atendimento, pois o clínico geral terá que revesar o atendimento com os adultos e as crianças. Só quem tem um filho/a doente esperando em um local público, onde ele passa dor ou está mal, tem noção do que é ficar horas esperando. É um sofrimento duplo terrível.
Outro agravante, quando o profissional não é especializado, são os diagnósticos. Por experiência pessoal, mesmo em clínicas especializadas, geralmente era diagnosticado como uma virose. E podem ter certeza: 95% das vezes não era.
Segundo uma reportagem da Folha de São Paulo no ano passado, falando sobre a dificuldade cada vez maior em encontrar pediatras, um detalhe logo no início do texto, chama a atenção: plantões superlotados, consultas mal pagas, pais estressados que ligam na madrugada ou que não aparecem no consultório médico. Estas são as principais razões para que médicos troquem de especialização ou nem optem por serem pediatras.
A verdade é que precisamos achar um ponto em comum, entre quem tem a criança para ser atendida e as necessidades dos médicos. Ninguém tem obrigação de fazer alguém trabalhar no Brasil. Seriam os “mais médicos”? Será que não temos condições de ter um plano para estimular os estudantes de medicina a optarem pela pediatria? Esta virando um caso de saúde pública, não só em Blumenau, como podem comprovar na reportagem.