Grupo Sinos de Blumenau leva alegria e emoção à Casa Lar São Simeão

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A apresentação da peça Uma História Sem Par, do Grupo Sinos, na tarde desta terça-feira (8/11/16), na Casa Lar São Simeão, comprovou que teatro infantil de qualidade é para todas as idades. O espetáculo foi acompanhado de perto pelos moradores da casa do início ao fim, com direito a aplausos e muita atenção.

 

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A atração integra o 20º Festival Nacional de Teatro Infantil de Blumenau (Fenatib), que termina no próximo sábado, dia 12. A maioria dos espetáculos ocorre no Teatro Carlos Gomes, com entrada gratuita. Os ingressos são limitados e a retirada pode ser feita na secretaria do evento 30 minutos antes do início da apresentação.

Esta edição do Fenatib oferece ao público oito peças produzidas por companhias dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal, além de 10 grupos suplentes. O diretor da Sinos Cia. de Teatro Hugo Carvalho de Oliveira considera importante levar o espetáculo para um asilo. “Trabalhamos com a criança interior, e independente da idade a gente quer tocar essa criança. Nosso espetáculo traz o encantamento, uma mensagem de trabalhar as amizades, as relações, a reciprocidade, as pessoas, e isso vale para todas as idades”, explica. “Como geralmente os idosos não têm muito acesso à arte, tivemos essa vontade de trazer para eles o espetáculo. Teatro bom não tem idade, o importante é a qualidade.”

 

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Na peça que prendeu a atenção dos idosos, Francisca Ceroulas e Eunice Laquê são duas senhoras de idade, contadoras de história, antigas amigas e rivais. As duas são convidadas para contar a mesma história, no mesmo local e horário, por algum erro da produção do evento, que deveria ter chamado apenas uma delas. Uma não esperava a presença da outra e, apesar da amizade, as duas são concorrentes e estavam preparadas para contar a história individualmente.

Dentro dessa grande confusão, as senhoras parecem não ter outra escolha a não ser dividir a atenção do público por um bem maior. Assim, essas velhinhas divertidas e engraçadas precisarão compreender suas diferenças e contar juntas a História do sol e da chuva. Juntando elementos poéticos e musicais, as duas amigas aos poucos começam a resgatar os valores de uma verdadeira amizade e a importância do perdão.

Programação

Quinta-feira (10)

EBM. Vidal Ramos
Horário: 8h15min
Espetáculo: O Amigo da Onça
Grupo: Teatro de Bonecos Pois é… Então tá! – Blumenau
Autor: Pedro Dias
Direção: Pedro Boneco
Faixa etária: Livre
Duração do espetáculo: 40 minutos
Sinopse: Espetáculo que já viajou pela América Latina e Europa, conta de maneira lírica e poética sem o uso da palavra uma história sobre a importância da preservação do ambiente.

Auditório Willy Sievert – Teatro Carlos Gomes
Horários: 10h, 15h30 e 19h30
Espetáculo: A ver estrelas
Grupo: Companhia Azul Celeste – Blumenau
Autor: João Falcão
Direção: Jorge Vermelho
Faixa etária: A partir de 6 anos
Duração do espetáculo: 55 minutos
Sinopse: “A ver estrelas” relata a história de Jonas, um rapaz quieto e pacato que vive na tranquila Vila da Solidão. Num determinado momento que está só em seu quarto, ele se perde em seus pensamentos observando as estrelas. Num misto de sonho e realidade, Jonas se vê cercado pelos seres encantados que moram em sua imaginação. Sem perceber, vai parar num lugar onde tudo pode acontecer, o País do Navegar. Essa trajetória mostra a Jonas a oportunidade de sair de sua monotonia – o Reino a Ver Estrelas – e se permitir descobrir como aproveitar melhor os seus dias, experimentando os conflitos que são estranhos ao seu universo.

Sexta-feira (11)

Auditório Willy Sievert – Teatro Carlos Gomes
Horários: 9h, 15h e 19h30
Espetáculo: Maia – a lenda da menina água
Grupo: Trupe do Experimento – Rio de Janeiro (RJ)
Autor: Marco dos Anjos
Direção: Marco dos Anjos
Faixa etária: A partir de 6 anos
Duração do espetáculo: 50 minutos
Sinopse: Com dramaturgia autoral, o espetáculo apresenta Maia, uma menina de uma família ribeirinha, que tem por sustento a pesca. O rio que beira sua casa não tem mais peixes por causa da poluição. Seu pai tem que se afastar cada vez mais para garantir o alimento da família. Em uma noite de lua cheia, o rio seca de forma abrupta. Maia, achando ver a imagem do pai no meio do rio seco, corre em sua direção e, quando se dá conta, está longe de casa e no meio de uma aventura, junto a personagens do Folclore Nacional, para trazer as águas do rio de volta. A concepção cenográfica apresenta a casa da família Ribeirinha, às margens do rio, e seguirá a protagonista em sua aventura pelo rio seco. Pela primeira vez, a Trupe faz uso de máscaras e manipulação de objetos em cena. As músicas, criadas exclusivamente para o espetáculo e executadas ao vivo pelo elenco, têm por fonte de pesquisa os ritmos do folclore Paraense.

EEB Júlia Lopes de Almeida
Horários: 15h
Espetáculo: Gira Junto, um espetáculo pra brincar!
Grupo: Grupo de Teatro da Casa – Blumenau
Autor: Natália Curioletti
Direção: Natália Curioletti
Faixa etária: A partir de 2 anos
Duração do espetáculo: 40 minutos
Sinopse: É um convite a contar, rodar e cantar essas cantigas que fazem parte da identidade do nosso povo, num resgate folclórico com o gosto (quase perdido) das brincadeiras populares. É um espetáculo para crianças, mas os adultos também podem brincar!

Sábado (12)

Auditório Willy Sievert – Teatro Carlos Gomes
Horários: 9h, 15h e 19h30
Espetáculo: Arroz e Feijão em: Colapso no Sistema
Grupo: Grupo de Teatro Cirquinho do Revirado – Criciúma (SC)
Autor: Adriano Medeiros e Luan Marques Joaquim
Direção: Reveraldo Joaquim e Yonara Marques
Faixa etária: A partir de 5 anos
Duração do espetáculo: 45 minutos
Sinopse: Chovia. Dóroty voltava para sua casa após um longo dia de trabalho. Ela já devia ter ouvido falar dos ataques que estavam ocorrendo na cidade, mas não se preocupava, pois aquela realidade lhe parecia muito distante. Era só dobrar a esquina e ela estaria a poucos metros de casa. Talvez ela tenha tido uma sensação estranha. Talvez não. Talvez ela tenha começado a ouvir o eco dos próprios passos. Ela deve ter olhado para trás, mas não distinguiu nada em meio ao breu do anoitecer. Por instinto, seus pés devem ter começado a tornar o ritmo da caminhada mais frenético, fugindo de algo até então desconhecido. Talvez, por uma curiosidade incontrolável, seu pescoço tenha girado bem a tempo de ver aquilo que se escondia nas sombras. O seu corpo deve ter gelado. Ela possivelmente tentou correr, mas suas pernas fracas de medo tropeçaram em si mesmas levando-a ao chão, de onde nunca mais se levantou. É provável que no instante em que caiu ela tenha tido tempo apenas de olhar para cima e vislumbrar a silhueta daquele demônio que lhe tiraria a dádiva da existência. Assim começa a saga dos detetives Arroz e Feijão em busca do Assassino da Língua Ácida, em busca de justiça e do equilíbrio no universo dentro de mim.

Por Sérgio Antonello, da Fundação Cultural de Blumenau

 

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