Entrevista e fotos: João Paulo Taumaturgo | Texto: Claus Jensen
Essa semana foi de comemoração dupla para o Grupo de Escoteiros Teófilo Bernardo Zadrozny. Primeiro porque no dia 23 de abril é o dia do Escoteiro e depois porque nesse sábado foi comemorado o aniversário das três décadas de fundação. Uma combinação perfeita de dia 30 com 30 anos.
O grupo conta hoje com cerca de 70 membros que se reúnem todos os sábados, entre às 14h e 17h, na Associação Esportiva da Artex. Esta tarde de sábado teve direito a bolo, hino nacional e outras atividades. O João Paulo Taumaturgo passou por lá e conversou sobre o escotismo com Emerson José de Borba, presidente do Grupo.
OBlumenauense: Quem são os três grupos de escoteiros mais antigos de Blumenau e que mudanças você destacaria no escotismo ao longo desses anos?
Emerson J. de Borba: Dos cinco grupos de escoteiros em Blumenau, o Teófilo Bernardo Zadrozny é o terceiro mais antigo. O Grupo Leões que fica na Rua Pastor Osvaldo Hesse tem 55 anos, o Grupo Cruzeiro do Sul está com 35 e nós completamos hoje os 30.
A evolução do movimento dos escoteiros ao longo deste tempo, é o fato dele sair daquele formato militarizado, fundado por um militar que não concordava com o uso de armamentos e da guerra para se resolverem as diferenças. Dali para frente foi criado um movimento com espírito militar, mas olhando para a fraternidade, porque é disso que o mundo precisa. Se formos bons uns com os outros, automaticamente viveremos em uma sociedade mais justa e melhor.
OBlumenauense: Para você, quais são as vantagens para o jovem que está entrando no escotismo?
Emerson J. de Borba: O mais importante para esses jovens é a questão do respeito ao próximo, às leis, fazendo o bem e nunca esperando nada em troca. Além disso, o contato com a natureza, que é fundamental para o jovem se desligar um pouco desse mundo tecnológico que nós vivemos.
É um choque muito grande, porque nos vêem trabalhando com terra, água e lama. Um universo novo para eles, que estavam acostumados a ficar em casa, vendo televisão, jogando no notebook e mexendo no celular. Aqui não tem disso, vão ter que mexer com terra. Se quiserem comer, vão ter que correr atrás, fazer sua comida e montar seu acampamento.
A partir daí eles começam a vivenciar esse dia a dia do movimento do escotismo e descobrir que isso também é legal. Então ele se desliga um pouco desse mundo eletrônico, que na minha opinão é um mal para esss jovens, que esquecem de sua essência: brincar.
OBlumenauense: Qual foi o momento mais marcante nesses 30 anos?
Emerson J. de Borba: Sem dúvida foi a tragédia de 2008, quando nós perdemos nossa sede inteira. Após muita luta através de pais, voluntários, chefia e diretoria do grupo; nós conseguimos reerguê-la. Mais uma razão para estarmos muito felizes ao comemorar esses 30 anos do grupo.
OBlumenauense: Como um jovem faz para participar?
Emerson J. de Borba: Ele pode entrar em contato conosco através do telefone (47) 9919-6262. Nós nos encontramos todos os sábados na Associação da Artex das 14h às 15h. Estamos de braços abertos para receber e mostrar esse maravilhoso mundo do escotismo.
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