O Governo de Santa Catarina anunciou nesta quarta-feira (3/07/24), um investimento de R$ 12 milhões para pesquisas sobre os mosquitos maruim e Aedes aegypti. O objetivo é encontrar alternativas para enfrentar os desafios da saúde pública.
Os recursos serão distribuídos através de três editais lançados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). Os editais são destinados a pesquisadores vinculados a Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTs) públicas e privadas sem fins lucrativos, e a empresas sediadas no estado.
Um deles (36/2024), de R$ 3 milhões, é voltado para estudos biológicos e ecológicos sobre o mosquito maruim. Serão selecionados seis projetos de até R$ 500 mil cada, abrangendo áreas como desequilíbrio ecológico e ambiental controle e manejo, e saúde única. A chamada pública prevê a contratação de bolsistas com perfis que vão de estudantes de graduação até doutores. Os valores das bolsas vão de R$ 900 a R$ 5.850,00.
Já o edital 35/2024, também de R$ 3 milhões, visa apoiar empresas no desenvolvimento de produtos, serviços ou processos inovadores para o controle sustentável do maruim.
O terceiro edital (37/2024) destina R$ 6 milhões para estudos científicos, tecnológicos ou de inovação sobre o Aedes aegypti. O objetivo é desenvolver estratégias de controle, prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças transmitidas pelo mosquito, como a dengue. Serão selecionadas propostas de pesquisa de até R$ 1 milhão cada.
Os interessados devem submeter seus projetos nos sistemas da Fapesc até agosto de 2024, conforme os prazos específicos de cada edital.
Maruim
Em março de 2024, o município de Luiz Alves, no Vale do Itajaí, decretou situação de emergência por conta da infestação de maruins. O mosquito é responsável pela Febre do Oropouche, conhecida como “doença do maruim”, que causa nas pessoas infectadas, sintomas parecidos com a dengue e a Chikungunya, como dores de cabeça, muscular e nas articulações, além de náusea e diarreia.
A presença do maruim está sendo detectada também em outros municípios catarinenses, o que levou a Fapesc a desenvolver duas chamadas públicas: um para pesquisa científica e outra para desenvolvimento de produtos, serviços e processos inovadores.
Mosquito Aedes Aegypti
Segundo dados do Informe Epidemiológico nº 20/2024, levantamento mais recente divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, com dados até 17 de junho de 2024, o número de casos prováveis de dengue em Santa Catarina está 151,18% mais alto em comparação com o mesmo período do ano passado.
Mais de 44,2 mil focos do mosquito Aedes aegypti já foram localizados em 254 municípios catarinenses. Dos 295 municípios catarinenses, 169 são considerados infestados pelo vetor.
Fonte: Governo de SC
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